A Klabin, principal produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, reportou uma queda expressiva de 64% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 460 milhões. Este resultado reflete uma significativa redução em comparação com o mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado também registrou uma queda de 15%, somando R$ 1,652 bilhão.
Receita e custos no contexto de mercado desafiador
A receita líquida da companhia alcançou R$ 4,430 bilhões, apresentando uma redução de 8% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Este declínio é atribuído principalmente à queda dos preços de celulose e kraftliner, além da valorização do real frente ao dólar. O custo caixa de produção de celulose também apresentou uma redução, caindo 7% para R$ 1.263 por tonelada.
Lucro líquido da Klabin: expectativas para o segundo trimestre e dividendos anunciados
Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, destacou a estabilidade dos preços no primeiro trimestre e a expectativa de manutenção dessas condições no segundo trimestre. Além disso, a Klabin anunciou um pagamento de dividendos de R$ 330 milhões, com distribuição prevista para o dia 16 de maio de 2024.
“Olhando à frente, não há razão, hoje, para imaginar mudança no patamar de custos”, observou Ivo ao Valor Econômico, complementando que a Klabin está no trajeto para atingir a meta de custo caixa total de R$ 3.100 por tonelada em 2024, estabelecida no final do ano anterior.
Projeções e investimentos futuros
No que diz respeito ao futuro, a Klabin tem planos ambiciosos, incluindo o início da operação do Projeto Figueira em Piracicaba, que deverá adicionar 70 mil toneladas de papelão ondulado à produção anual. A empresa também está focada na integração de ativos florestais recém-adquiridos e na evolução da produção nas suas instalações de Puma II e na fábrica de Piracicaba.
Impacto do clima de negócios e estratégias de custo
O ambiente de negócios continua a impor desafios, mas a Klabin tem conseguido gerenciar eficazmente seus custos. A redução nos custos de produção e venda, juntamente com a diluição dos custos fixos devido ao aumento do volume de vendas, tem permitido à empresa manter um desempenho de custo competitivo. A expectativa é que a Klabin continue a atender às metas de custos e limites de alavancagem estabelecidos pela sua política de endividamento.