O Banco Central anunciou nesta segunda-feira que o setor público brasileiro, composto pela União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou um superávit primário de R$ 1,2 bilhão em março deste ano. O superávit primário é o resultado positivo das contas públicas, desconsiderando os pagamentos de juros da dívida pública. Comparativamente, em março de 2023, o setor havia apresentado um déficit de R$ 14,2 bilhões.
O destaque deste saldo positivo veio dos governos regionais, ou seja, estaduais e municipais, que alcançaram um superávit de R$ 3,4 bilhões. Por outro lado, tanto o governo central quanto as empresas estatais enfrentaram déficits, com valores de R$ 1,9 bilhão e R$ 343 milhões, respectivamente.
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor público brasileiro registra um déficit de R$ 252,9 bilhões, equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor representa uma redução em comparação ao déficit registrado em fevereiro, que era de R$ 268,3 bilhões.
Déficit nominal e juros da dívida pública
Considerando os pagamentos de juros da dívida pública, o setor público consolidado apresentou um déficit nominal de R$ 63 bilhões em março. No acumulado dos últimos 12 meses, este déficit também registrou uma diminuição, passando de R$ 1,015 trilhão em fevereiro para R$ 998,6 bilhões em março.
Os juros nominais do setor público totalizaram R$ 64,2 bilhões em março, comparado a R$ 65,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o valor atingiu R$ 745,7 bilhões, representando 6,76% do PIB.
Os números refletem a situação financeira do setor público brasileiro, demonstrando um equilíbrio relativo no resultado primário, porém, com desafios ainda presentes no déficit nominal e nos pagamentos de juros da dívida pública.