O governo federal anunciou que vai subsidiar o arroz importado para garantir que o pacote de 5 quilos não ultrapasse o valor de R$ 20. Esta ação é uma resposta às recentes chuvas que prejudicaram a produção no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional do cereal.
Atualmente, o mesmo pacote é vendido por aproximadamente R$ 29. O plano inclui a compra inicial de 100 mil toneladas de arroz dos países do Mercosul, beneficiando-se da isenção tributária. A maior parte deste volume deverá vir do Paraguai, que já figura como o principal fornecedor do Brasil neste segmento.
Para manter o preço ao consumidor final, o governo prevê um subsídio médio de R$ 5 por pacote. Este valor já inclui a margem de lucro de vendedores como pequenos comerciantes e supermercados. O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esclareceu que o objetivo é evitar a especulação de preços e assegurar o abastecimento sem prejudicar a situação financeira dos produtores nacionais.
“Nosso foco é abastecer as regiões que mais dependem do arroz importado, garantindo acesso ao produto para todos os consumidores,” disse Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele destacou ainda que a medida não busca competir com o mercado local, mas sim complementar o abastecimento em um período de crise.
Na primeira fase do plano, o governo também buscará mercados alternativos como Tailândia e Vietnã para alcançar a meta de um milhão de toneladas importadas, dado que a capacidade de importação dos países do Mercosul é limitada. Dois editais serão publicados: um para autorizar a Conab a realizar a importação e outro para organizar a distribuição.
A medida ocorre em um momento em que o Brasil tenta recuperar os níveis de estoques de alimentos essenciais, que foram reduzidos em governos anteriores.
Essa política de importação e subsídio tem o objetivo de prevenir uma possível inflação em alimentos básicos, enquanto o país trabalha para recuperar sua capacidade produtiva após as inundações. Apesar da maioria da safra já ter sido colhida antes das chuvas, os danos aos armazéns e as dificuldades de transporte estão pressionando os preços, que podem refletir em custos maiores para os consumidores nos próximos meses.
Com essa intervenção, espera-se que o preço do arroz, um item essencial para a maioria das famílias brasileiras, seja mantido a um nível acessível, contribuindo para a estabilidade econômica e social do país em um momento de recuperação.
