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Marfrig reverte prejuízo com lucro de R$ 62,6 milhões no 1T24

BRF contribuiu com 80% do Ebitda da controladora

Se a operação para a Minerva comprar a Marfrig for concluída, aumentará sua capacidade de abate e desossa para 42.439 cabeças por dia. - Marfrig
Fachada de uma unidade da Marfrig (Imagem: divulgação/Marfrig)
Se a operação para a Minerva comprar a Marfrig for concluída, aumentará sua capacidade de abate e desossa para 42.439 cabeças por dia. - Marfrig
Fachada de uma unidade da Marfrig (Imagem: divulgação/Marfrig)

Marfrig (MRFG3) reverteu um prejuízo de R$ 634 milhões do ano passado, alcançando um lucro líquido de R$ 62,6 milhões no primeiro trimestre de 2024. O desempenho foi impulsionado principalmente pela BRF (BRFS3), que contribuiu com 80% do Ebitda da controladora.

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, teve um primeiro trimestre histórico, proporcionando um crescimento de 94,8% no Ebitda consolidado da Marfrig, que chegou a R$ 2,7 bilhões entre janeiro e março. Assim, a contribuição refletiu-se na melhora geral dos resultados da empresa.

A receita da Marfrig nos primeiros três meses do ano aumentou 3,8%, totalizando R$ 30,4 bilhões. As operações de carne bovina na América do Sul e América do Norte representaram 56% dessa receita, enquanto a BRF respondeu pelos 44% restantes.

Na América do Norte, a operação de bovinos ainda enfrenta desafios devido à oferta restrita de gado. A margem Ebitda caiu de 3,9% no ano passado para 2,1% neste trimestre. Tim Klein, CEO das operações norte-americanas da Marfrig, comentou sobre o impacto do aumento de 12% no preço do boi e previu uma compressão maior nas margens até 2027, com ociosidade projetada entre 20% e 25% no pior momento do ciclo.

Já na América do Sul, o cenário é mais positivo. O crescimento foi de 11% na receita, que alcançou R$ 3 bilhões. O volume de vendas aumentou 13%, chegando a 165 mil toneladas. Rui Mendonça, CEO das operações sul-americanas da Marfrig, destacou o objetivo de aumentar a participação dos produtos de valor agregado, que representaram 39% das vendas na região no primeiro trimestre.

Por fim, a Marfrig vai excluir do resultado consolidado gerencial os dados das unidades vendidas para a Minerva (BEEF3), que ainda aguardam aprovação do Cade. As operações da América do Sul considerarão apenas as atividades continuadas.

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