A Petrobras, a estatal brasileira de petróleo, relatou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões (US$ 4,6 bilhões) no primeiro trimestre de 2024. Portanto, posicionou-se como a 6ª petroleira mais lucrativa entre as grandes empresas mundiais do setor listadas em bolsa. O resultado supera o de multinacionais como BP e Equinor.
Apesar do resultado positivo, o lucro da Petrobras caiu 38% em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior e foi 23,7% menor do que no quarto trimestre de 2023. A queda deve-se a uma redução de 15% nas receitas, destacando-se as vendas de gás de cozinha (-22,2%), diesel (-18,8%) e gasolina (-17,3%).
A receita total com a venda de derivados de petróleo foi de R$ 69,4 bilhões, uma redução de 17,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Então, a nova política de preços de combustíveis adotada pela companhia há um ano, seguindo uma ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contribuiu para essa queda. Sendo assim, em maio de 2023, sob a gestão de Jean Paul Prates, a Petrobras abandonou o Preço de Paridade de Importação (PPI).
Desempenho em 2023
Em 2023, a Petrobras foi a 4ª petroleira mais lucrativa. A Saudi Aramco liderou, com lucro de US$ 27,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024. A americana ExxonMobil e a britânica Shell seguiram com lucros de US$ 8,2 bilhões e US$ 7,4 bilhões, respectivamente.
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Sendo assim, a Petrobras arrecadou R$ 117,7 bilhões (US$ 22,8 bilhões) no primeiro trimestre, ficando na penúltima posição entre as dez maiores em termos de receita, atrás de Equinor, BP e Eni. A taxa de lucratividade diante da receita foi a segunda maior do grupo, com 20,2%, atrás apenas da Saudi Aramco (23,3%).
A Petrobras é conhecida pelos baixos custos de exploração, especialmente no pré-sal. O valor da extração é menor do que em muitos outros países. Isso se deve a fatores técnicos, como a qualidade do óleo e as condições operacionais.
Desempenho e Políticas Internas
Além da Petrobras, outras estatais na lista são a Saudi Aramco e a Equinor. A maioria das empresas são privadas, com a ExxonMobil sendo a mais rentável entre elas. A Petrobras destacou que os menores preços dos combustíveis e outros fatores como a sazonalidade do consumo e o aumento do teor de biodiesel na mistura do diesel contribuíram para a redução da receita.
Contudo, a Petrobras continuará ajustando os preços conforme as políticas internas, mantendo uma defasagem que já chegou a 24% no caso da gasolina em 2024.
Mesmo enfrentando desafios internos e externos, a Petrobras conseguiu manter uma posição de destaque entre as grandes petroleiras globais, demonstrando a capacidade de adaptação e resiliência no mercado.
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