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Banco do Brasil adquire créditos de carbono suspeito de grilagem

BB enfrenta críticas após compra de créditos de carbono de projeto investigado por fraudes.
Banco do Brasil adquire créditos de carbono suspeito de grilagem
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

O Banco do Brasil comprou 23.391 créditos de carbono com a finalidade de compensar suas emissões de CO2. Por outro lado, cada crédito foi adquirido ao preço de R$ 51,30, totalizando um investimento de R$ 1,2 milhão. Este montante visa contribuir para as metas ambientais do banco, mitigando impactos negativos ao meio ambiente.

O projeto Jari Amapá, localizado na Amazônia oriental, é a fonte dos créditos comprados. A Jari Celulose e a Biofílica Ambipar, duas empresas com expertise no mercado de carbono, administram o projeto. Consequentemente, essas empresas asseguram que o projeto cumpre com todos os requisitos legais e ambientais necessários.

Os créditos estão devidamente registrados na plataforma Verra, uma autoridade global em certificação de créditos de carbono. Essa validação assegura que o Banco do Brasil está aderindo às normas internacionais de sustentabilidade. Além disso, a Jari Celulose sustenta que possui a posse legal do imóvel desde a época anterior à criação do estado do Amapá.

 

Investigações

Entretanto, as atividades do projeto enfrentam investigações pelos Ministérios Públicos do Pará e Amapá. Estas autoridades suspeitam de grilagem e fraudes nos documentos do projeto. Em 2021, uma ação da Procuradoria-Geral do Estado do Amapá buscava anular a matrícula de um imóvel rural de grande extensão, que está associado ao projeto. Esta ação sublinha a complexidade dos desafios enfrentados no setor de créditos de carbono.

Investigações adicionais sugerem que a Jari Celulose manipulou o sistema de registros para criar múltiplas matrículas. Essa manipulação resultou em um bloqueio temporário dos registros pelo Tribunal de Justiça do Pará, embora a decisão tenha sido posteriormente revogada.

Respostas e medidas provisórias das empresas

Diante dessas acusações, a Verra optou por suspender temporariamente o projeto Jari Pará, aguardando mais esclarecimentos sobre os aspectos jurídicos. O Banco do Brasil, por sua vez, mantém que adquiriu os créditos em total conformidade com as leis e que eles são necessários para alcançar a neutralidade de carbono em suas operações.

Já, a Jari Celulose contesta as alegações de irregularidades e defende a integridade dos créditos de carbono do projeto Jari Amapá. Além disso, a empresa reitera seu compromisso com as práticas de sustentabilidade e conservação ambiental.

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