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Dólar atinge R$ 5,20 com incertezas sobre política do Fed

Moeda norte-americana registra maior valor em mais de um mês

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Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira (29), o dólar encerrou o dia em alta, atingindo R$ 5,20, o maior valor desde 18 de abril. Sendo assim, a alta ocorreu em meio a incertezas dos investidores sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subiu 0,88%, alcançando 5.205 pontos. Já o dólar à vista registrou uma alta de 1,07%, e fechou a R$ 5,208 tanto na compra quanto na venda. Assim, reverteu as perdas da sessão anterior, quando havia fechado a R$ 5,1539.

Dólar comercial:
  • Compra: R$ 5,177
  • Venda: R$ 5,177
Dólar turismo:
  • Compra: R$ 5,232
  • Venda: R$ 5,412

Dados do mercado de trabalho brasileiro também influenciaram a cotação do dólar. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontou a criação de 240.033 vagas formais em abril, superando as expectativas de 216.948 vagas. O salário médio real de admissão também subiu 1,77% em abril e alcançou R$ 2.126,16.

Atuação do Banco Central

No período da manhã, o Banco Central do Brasil vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto. À tarde, o BC informou que houve uma saída de US$ 1,958 bilhão do país em maio até o dia 24, com saídas líquidas de US$ 5,019 bilhões pela via financeira e entradas de US$ 3,062 bilhões pelo canal comercial.

Sendo assim, a expectativa pela divulgação de dados de inflação dos EUA, prevista para a próxima sexta-feira, também influenciou a alta do dólar. No Brasil, o feriado próximo levou investidores a buscar maior proteção, contribuindo para a valorização da moeda americana.

Por fim, o cenário de valorização do dólar reflete a combinação de fatores internos e externos, mostrando a cautela dos investidores diante das políticas econômicas globais e os impactos no mercado cambial.