Desde o final de abril, o governo federal atua em seis frentes de apoio no Rio Grande do Sul. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), as frentes incluem resposta ao desastre, cuidado com as pessoas, apoio às empresas, medidas para o governo estadual e municipal. Portanto, as enchentes, que começaram em 27 de abril, afetaram 471 cidades, resultando em 169 mortes e deixando mais de 626 mil pessoas desabrigadas.
Sendo assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o estado três vezes em um mês para acompanhar a situação. Em 2 de maio, Lula visitou Santa Maria e garantiu o envio de recursos federais para atender às necessidades da população. Em 5 de maio, ele visitou Porto Alegre, acompanhado de representantes dos Três Poderes e 15 ministros. Já no dia 15 de maio, em São Leopoldo, anunciou o Auxílio Reconstrução de R$ 5,1 mil para cada família desalojada.
Contudo, para agilizar as decisões, o governo federal instalou uma sala de situação no Palácio do Planalto em 2 de maio, realizando reuniões diárias com ministros e autoridades. Assim, em 6 de maio, um escritório foi inaugurado em Porto Alegre para facilitar a articulação com demandas regionais. Então, no dia 15 de maio, durante a terceira visita, Lula criou a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, liderada pelo ministro Paulo Pimenta.
Recursos e medidas de apoio federal
Atualmente, foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, incluindo:
- Auxílio Reconstrução: R$ 174 milhões para 34.196 famílias, com pagamentos iniciados em 30 de maio.
- Bolsa Família: Adiantamento para 619.741 famílias, totalizando R$ 793 milhões, e inclusão de 21,7 mil novas famílias.
- Benefício de Prestação Continuada: R$ 134 milhões para 95.109 beneficiários.
- FGTS: R$ 715 milhões para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios.
- Seguro Desemprego: R$ 11 milhões em parcelas adicionais para 6.636 trabalhadores.
- Imposto de Renda: Restituição antecipada de R$ 1,1 bilhão para 900 mil pessoas.
- Abono Salarial: R$ 793 milhões para 756.121 trabalhadores.
- Benefícios Previdenciários: R$ 4,5 bilhões para 2 milhões de pessoas.
- Bolsas de Pós-Graduação: R$ 50 milhões para 17 mil estudantes.
- Saúde Emergencial: R$ 282 milhões para montagem de 12 hospitais de campanha e kits emergenciais.
- Educação: R$ 22 milhões para alimentação escolar, limpeza e reparo das escolas.
- Importação de Arroz: R$ 7,2 bilhões para até 1 milhão de toneladas.
- Apoio a Empresas: R$ 15 bilhões, com linhas de crédito especiais.
- Tributos Federais: Prorrogação do recolhimento por até três meses, somando R$ 4,8 bilhões.
- Reforço Financeiro ao Estado: Três medidas federais totalizando mais de R$ 23 bilhões.
- Defesa Civil: R$ 310 milhões para ações aprovadas em 207 municípios, com R$ 176 milhões já pagos.
Mobilização de recursos e infraestrutura
Sendo assim, o governo federal contabiliza:
- 38,8 mil profissionais mobilizados.
- 8,5 mil equipamentos disponibilizados.
- 12 hospitais de campanha montados.
- 1,1 mil toneladas de alimentos entregues ou em trânsito.
- 4,9 mil toneladas de doações transportadas pelos Correios.
- 456 mil cidadãos com energia restabelecida.
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