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Confira as maiores quedas do Ibovespa em 2024

Setor Educacional e Varejista lideram quedas do Ibovespa

Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - Copom - queda
(Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, acumula uma queda de mais de 8,5% em 2024. A expectativa de um atraso na redução dos juros nos Estados Unidos, combinada com problemas fiscais internos, afasta os investidores da renda variável. Entre as ações mais afetadas estão Cogna, Magazine Luiza, CVC, Yduqs e Azul, todas com quedas superiores a 40%.

As empresas do setor educacional, Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), enfrentam um cenário difícil. Os juros elevados encarecem as linhas de crédito estudantis, limitando novas matrículas e impactando negativamente as receitas. Além disso, o cenário de queima de caixa, aliado às altas taxas de juros, pressiona o desempenho financeiro e aumenta a inadimplência. A concorrência elevada, especialmente no ensino remoto, agrava ainda mais a situação.

Os resultados recentes dessas empresas, tanto no quarto trimestre de 2023 quanto no primeiro trimestre de 2024, foram mal recebidos pelo mercado, resultando em quedas de 45,5% e 42,8%, respectivamente.

Magazine Luiza (MGLU3), que lidera as perdas entre as varejistas, sofre com os juros altos que inibem o consumo e diminuem receitas. Apesar dos avanços operacionais, a percepção de que os juros brasileiros podem permanecer elevados até o final do ano desanimou o mercado. Casas Bahia, outra grande varejista, também registra uma retração de 37,5% em 2024.

Setor aéreo e de viagens

CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4), do setor de viagens, enfrentam queda na demanda devido aos juros altos. Ambas as empresas estão em processos de reestruturação: a CVC anunciou um novo CEO e está focando na digitalização, enquanto a Azul renegociou dívidas e contratos de leasing. No entanto, as dívidas continuam elevadas e os custos operacionais aumentaram devido ao dólar mais alto e ao preço do petróleo, reduzindo margens e aumentando a alavancagem. As ações da CVC e da Azul caíram 43,4% e 42%, respectivamente.

Impacto dos juros no Ibovespa

O aumento das taxas de juros tem um efeito adverso direto nessas empresas, afetando tanto o consumo quanto os custos financeiros. As taxas futuras (DIs) subiram devido à pressão do cenário norte-americano e à questão fiscal brasileira, prejudicando o desempenho dessas ações no Ibovespa.

Em resumo, os setores educacional, varejista e de viagens estão entre os mais impactados pelas condições econômicas atuais, contribuindo para as quedas do Ibovespa em 2024.

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