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Grupo Dia deve apresentar plano de recuperação judicial até segunda

Dia Brasil apresentará plano de recuperação judicial até segunda-feira; negociações com credores continuam.
Grupo Dia deve apresentar plano de recuperação judicial até segunda
(Foto: Divulgação/Grupo Dia).

Após vender a operação brasileira para o fundo Lyra II Fundo de Investimento, estruturado pela MAM Asset Management, ligada ao Banco Master, o Grupo Dia Brasil deve protocolar seu plano de recuperação judicial até a próxima segunda-feira (3), de acordo com o Valor Econômico.

Uma fonte do jornal informou que o novo controlador do Dia Brasil, ainda não identificado, negocia com os credores para estabelecer condições favoráveis. Primeiramente, entre essas condições, está a criação de uma categoria de credores colaboradores que não sofrerão reduções na dívida em troca da manutenção das condições comerciais anteriores à recuperação judicial.

O Dia Brasil entrou com o pedido de recuperação judicial em 21 de março. Após anunciar um processo de reestruturação, o grupo fechou 343 lojas e três centros de distribuição. A controladora espanhola Distribuidora Internacional de Alimentación (DIA) coordenou essas ações.

Novo investidor e continuidade das operações

O fundo estruturado pela MAM Asset tem apenas um cotista, que se posiciona como um investidor estratégico. Esse investidor não planeja novos fechamentos de lojas ou a descontinuidade da marca Dia no Brasil. Além disso, o Valor Econômico informou que o plano de recuperação deve ser submetido à Justiça até a próxima segunda-feira, dia 3.

O Banco Master não participa diretamente da transação. Ele atua apenas como viabilizador da operação através da MAM Asset. A gestão do fundo fica exclusivamente a cargo da MAM Asset, que estruturou a operação para garantir a continuidade do negócio.

Impacto da recuperação judicial

Desde março, 343 unidades fecharam após a liquidação dos estoques. Entre as 244 lojas restantes, 123 são franquias e 121 são unidades próprias. Algumas dessas franquias desligaram-se do sistema da empresa entre abril e maio, por solicitação dos franqueados.

A operação da marca no Brasil continuará sob a gestão do novo controlador. Ele manterá as atividades concentradas principalmente em São Paulo. “Os espanhóis do grupo DIA receberão royalties pela operação da marca no país e estão interessados na continuidade das atividades pelo fundo”, disse uma fonte familiarizada com a transação.

Capitalização

A venda da operação brasileira resultará em um impacto contábil negativo de 101 milhões de euros no balanço do grupo DIA. Esse valor inclui 30 milhões de euros referentes ao pagamento de dívidas financeiras garantidas pela empresa, 39 milhões de euros para capital adicional que será injetado no negócio nos próximos meses, 27 milhões de euros para a reclassificação das diferenças cambiais entre real e euro, e 5 milhões de euros para despesas associadas à transação.

Assim, como já noticiado pelo Economic News Brasil, o grupo realizou a venda por um valor simbólico de 100 euros, e transferiu a dívida concursal para o novo controlador. A capitalização do grupo DIA visa manter a atividade da rede no Brasil e assegurar a continuidade das operações, apesar do impacto financeiro negativo.

Em resumo, o Dia Brasil está finalizando seu plano de recuperação judicial, que será apresentado à Justiça nos próximos dias. Portanto, as negociações com os credores e a manutenção das condições comerciais são essenciais para a continuidade das operações da rede no país.

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