Bitcoin, a principal criptomoeda do mercado, fechou maio com um salto de 11% em seu valor. Ao mesmo tempo, o ether, moeda da rede Ethereum, viu um crescimento ainda mais expressivo de 24,6% durante o mesmo período. Essa alta se deu após a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovar os primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) à vista de ether.
ETFs impulsionam alta de criptomoedas
Os ETFs de Bitcoin, em particular, mostraram um desempenho robusto. Na bolsa dos EUA, o dia 31 de maio fechou com um saldo positivo substancial. O ETF IBIT, gerido pela BlackRock, destacou-se com um saldo de depósitos superior a saques, totalizando US$ 169,1 milhões. Em contrapartida, o GBTC, da Grayscale, registrou um fluxo de saída de US$ 124,3 milhões.
No cenário global, o valor de mercado de todas as criptomoedas alcançou US$ 2,73 trilhões. O bitcoin, cotado a US$ 69.697, teve um aumento de 2,7% nas últimas 24 horas, enquanto o ether subiu 1,4%, sendo cotado a US$ 3.837, segundo dados atualizados da CoinGecko.
Crescimento contínuo entre investidores globais
Além dos avanços de preço, o setor cripto vê um aumento no número de investidores. André Franco, head de análise do MB, aponta que mais de 562 milhões de pessoas globalmente investem em criptoativos, um aumento considerável em relação aos 420 milhões do ano anterior. Emirados Árabes Unidos, Cingapura e Turquia são líderes nesse crescimento.
No contexto político dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden vetou uma resolução que alteraria a regulamentação sobre criptoativos, mantendo a exigência da SEC para que instituições financeiras registrem criptoativos em seus próprios balanços. Biden enfatizou a proteção ao consumidor e investidor como razões para sua decisão.
Perspectivas macroeconômicas afetam o mercado
Para concluir, a semana promete ser decisiva com a divulgação do Relatório de Emprego dos EUA de maio. Um resultado abaixo do esperado poderia beneficiar os ativos de renda variável. Visto que, indicaria uma possível redução na pressão inflacionária, possibilitando ao Federal Reserve uma abertura para reduzir as taxas de juros.