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ANS revela: planos de saúde batem recordes de lucro em 2024

Setor de planos de saúde registra crescimento

Planos de saúde registram lucros no primeiro semestre de 2024. (Foto: Rogério Santana/Governo do Rio de Janeiro)
Planos de saúde registram lucros no primeiro semestre de 2024. (Foto: Rogério Santana/Governo do Rio de Janeiro)

No primeiro trimestre de 2024, as operadoras de planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 3,33 bilhões, um crescimento impressionante de 343% em comparação ao mesmo período de 2023. Este desempenho financeiro foi divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Painel Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar nesta quarta-feira, 12 de junho.

Desempenho financeiro dos planos de saúde

Este resultado é o mais positivo para um primeiro trimestre desde 2019, quando o setor alcançou R$ 4,1 bilhões em lucros, antes dos impactos da pandemia de Covid-19. Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, comentou sobre os resultados, destacando a recuperação econômico-financeira do setor.

O lucro líquido das operadoras foi distribuído entre diferentes segmentos do setor de saúde suplementar. As operadoras exclusivamente odontológicas registraram um lucro de R$ 187,9 milhões, enquanto as médico-hospitalares obtiveram R$ 3,07 bilhões, e as administradoras de benefícios R$ 66,4 milhões.

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A sinistralidade, que indica a porcentagem das receitas das mensalidades utilizadas para despesas assistenciais, foi um fator-chave para o desempenho das operadoras médico-hospitalares. No primeiro trimestre de 2024, a sinistralidade foi de 82,5%, 4,7 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período de 2023. Esta redução reflete um maior crescimento das mensalidades dos planos de saúde em relação às despesas por beneficiário, indicando uma reorganização de contratos no setor.

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Impacto dos reajustes e desafios

Em maio de 2024, a ANS anunciou um reajuste anual máximo de 6,91% para os planos de saúde individuais e familiares, válido até abril de 2025. Este reajuste, no entanto, não se aplica aos planos coletivos, que representam a maior parte do mercado. A mudança irá afetar aproximadamente 8,7 milhões de usuários, ou 17,2% dos 51,1 milhões de consumidores de planos de saúde.

Apesar dos resultados positivos, o setor enfrenta desafios. Clientes têm criticado as empresas por desligar unilateralmente clientes e encerrar vendas de certos tipos de planos. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou um acordo com as operadoras. A resolução previa a suspensão temporária do cancelamento de novos planos de saúde coletivos e a revisão dos que já foram suspensos. Isso se aplicaria especialmente para pessoas em tratamentos contínuos, como autistas e pacientes oncológicos.

Acordos e novas regras para o setor

As operadoras também estão discutindo novas regras de planos de saúde com Lira. Isso inclui a criação de uma modalidade que cobre apenas consultas e exames, e diretrizes para terapias voltadas ao autismo. Além disso, há uma demanda por uma lei que estabeleça o compartilhamento de risco com farmacêuticas para medicamentos de alto custo incluídos no rol da ANS.

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