O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, divulgado nesta quinta-feira (13), revelou uma queda de 0,3% no volume de vendas do varejo em maio, comparado ao mês anterior. É a terceira queda consecutiva registrada pelo índice, que está na 17ª edição.
Dos seis segmentos analisados pelo índice, apenas o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo apresentou crescimento, com uma alta de 5,6%. Em contraste, os demais setores registraram quedas: materiais de construção (-6,2%), artigos farmacêuticos (-4,3%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%), tecidos, vestuários e calçados (-1,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%).
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, destacou que o relatório deixa mais claro o viés de baixa devido às sucessivas quedas mensais. “Mesmo assim, o cenário regional e segmentado mostra resultados oscilantes entre altas e baixas nos últimos meses, criando uma maior incerteza na trajetória geral“, explicou.
Variações regionais
As regiões do Brasil apresentaram diversas variações. Dezesseis estados registraram resultados positivos em maio, comparados ao mesmo mês do ano anterior. Os destaques foram Maranhão (5,8%), Amazonas (5,0%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pará (4,7%), Roraima (4,3%), Piauí (3,6%) e Goiás (2,5%). Outros estados que tiveram crescimento incluem Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Norte (1,6%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (1,0%), Paraíba (1,0%), Mato Grosso (0,9%), Distrito Federal (0,8%), Acre (0,4%) e Ceará (0,2%). No entanto, a Bahia manteve-se estável (0,0%).
Por outro lado, dez estados apresentaram baixas no período: Rondônia (-12,2%), Alagoas (-4,9%), Amapá (-4,2%), Espírito Santo (-2,0%), Tocantins (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,1%). Ainda fazem parte, o Paraná (-0,7%), Sergipe (-0,5%), Santa Catarina (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%).
Desempenho no Rio Grande do Sul
Matheus Calvelli destacou que, apesar das enchentes, o Rio Grande do Sul apresentou uma queda de apenas 1,1% no volume de vendas em maio. Ele atribui esse resultado ao peso elevado de segmentos de necessidade básica, como produtos alimentícios e artigos farmacêuticos, que registraram fortes altas no mês e sustentaram o comércio no estado. “É importante notar que isso se refere ao comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, foram afetados de forma significativamente diferente“, ponderou.
Contudo, aStone (STOC31), empresa de tecnologia e serviços financeiros, realiza a pesquisa em parceria com o Instituto Propague.
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