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Dólar sobe com incertezas sobre juros e fiscais no Brasil

Divisa encerra em alta antes da reunião do Copom

Dólar
Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta terça-feira, o dólar comercial subiu 0,22%, fechando a R$ 5,433 na compra e R$ 5,434 na venda. O dólar futuro também operou em alta de 0,19%, atingindo 5.441 pontos por volta das 17h20. A divisa chegou a R$ 5,444 na máxima, refletindo a antipatia dos investidores aos ativos brasileiros devido às preocupações fiscais e às expectativas em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

As apostas majoritárias no mercado de renda fixa indicam a manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano. No entanto, o foco dos investidores está em como serão os votos dos nove integrantes do Copom. Se a decisão for dividida novamente, como na reunião anterior em maio, os investidores esperam nova pressão de alta para o dólar. Eles receiam que a instituição se torne mais tolerante com a inflação após Roberto Campos Neto deixar a presidência do BC no fim de 2024.

Banco Central do Brasil

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto, o que inicialmente ajudou a conter a alta da moeda. Contudo, a incerteza sobre o teor do comunicado do Copom e as questões fiscais continuaram a pressionar o real, fazendo com que o dólar ganhasse força no final do pregão.

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No exterior, o dólar subiu em relação à maioria das moedas fortes no início do dia. No entanto, a moeda perdeu força após a divulgação de novos dados econômicos e declarações de uma autoridade do Federal Reserve. As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,1% em maio, após uma queda revisada de 0,2% em abril. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,3%.

 Luiz Inácio Lula da Silva

Em meio à expectativa pelo Copom, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou pela manhã as críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, acusando-o de trabalhar para prejudicar o Brasil. Lula afirmou: “O presidente do Banco Central não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, tem lado político e, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar“.

Dólar comercial: Compra a R$ 5,433 e venda a R$ 5,434.

Dólar turismo: Compra a R$ 5,447 e venda a R$ 5,627.

 

Os negócios no Brasil acompanharam o enfraquecimento da moeda no exterior, com o dólar caindo em relação o real no início da tarde. No entanto, a proximidade do fechamento do pregão reverteu essa tendência. Assim, os investidores demonstraram inimizade aos ativos brasileiros e incertezas em relação ao Copom e ao equilíbrio fiscal do país.