A BP, gigante do setor petrolífero, adquiriu a participação da Bunge na joint venture BP Bunge Bioenergia, consolidando a propriedade da empresa avaliada em US$ 1,4 bilhão. A transação foi concluída por aproximadamente US$ 700 milhões, correspondentes à metade da avaliação total da empresa.
Esta aquisição faz parte da estratégia da BP de investir cerca de US$ 16 bilhões em bioenergia entre 2024 e 2025. Com o controle total da BP Bunge Bioenergia, a BP agora possui capacidade de produzir 50 mil barris de etanol equivalente por dia. A empresa vai utilizar as 11 unidades agroindustriais de processamento de cana-de-açúcar no Brasil. Sendo assim, a empresa opera em um modelo integrado que inclui produção e comercialização de etanol e açúcar.
De acordo com a BP, a consolidação da BP Bunge Bioenergia permitirá a ampliação das sinergias operacionais e financeiras, integrando uma dívida líquida de US$ 500 milhões e obrigações de arrendamento de US$ 700 milhões. Formada em 2019, a joint venture alcançou um Ebitda de US$ 800 milhões em 2023, destacando-se como uma força no setor de biocombustíveis.
Desenvolvimento de novas tecnologias
Além de consolidar a presença no mercado de bioenergia, a BP planeja investir em novas plataformas de produção. Entre elas, estão o etanol de segunda geração, combustível sustentável de aviação (SAF) e biogás, utilizando resíduos da cana-de-açúcar. No entanto, a empresa também está revisando os investimentos em alguns projetos de biocombustíveis, pausando o desenvolvimento de dois deles, incluindo um de diesel renovável, para focar em iniciativas com maior potencial de retorno.
As mudanças são parte da estratégia da BP de simplificar o portfólio e concentrar recursos em projetos mais rentáveis. A empresa visa atingir a meta de US$ 2 bilhões de Ebitda até 2025, impulsionada pela transição para a bioenergia.