As ações da Trump Media & Technology Group (DJT), proprietária da rede social Truth Social, enfrentaram uma desvalorização nas últimas três semanas. Desde 30 de maio, o valor de mercado da empresa controlada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, caiu cerca de 48%.
A aceleração das perdas ocorreu nos últimos dias após a Trump Media anunciar a aprovação dos reguladores para uma medida que pode diluir as participações dos acionistas. O site Bloomberg detalhou que essa autorização permite que investidores em ‘warrants’ troquem as participações por ações da empresa, o que pode aumentar a quantidade de ações disponíveis para negociação e criar uma pressão de venda.
Os warrants, se exercidos, poderiam somar até US$ 247 milhões ao balanço patrimonial da Trump Media, mas também acrescentariam milhões de ações ao mercado. Sendo assim, o movimento preocupa os investidores de longa data, pois pode diluir as participações.
Desempenho das ações
Desde o início deste ano, quando a Trump Media abriu capital, as ações têm mostrado variações. Após subir para US$ 79,38 nos dias após a estreia, as ações caíram para US$ 22,55 nas semanas seguintes. Na última quinta-feira (20), as ações caíram 14%, acumulando uma queda de 48% em três semanas.
Jay Ritter, professor de finanças da Universidade da Flórida, alertou que as ações da Trump Media ainda estão supervalorizadas. Ele sugere que a empresa permanece vulnerável a novas perdas. Segundo a CNN, a liquidação recente apagou grande parte dos quase US$ 3 bilhões do patrimônio estimado de Donald Trump.
Receita e participação no mercado
A Trump Media registrou uma receita de apenas US$ 770,5 mil no primeiro trimestre de 2024. É o segundo trimestre consecutivo com receita abaixo de US$ 1 milhão. Além disso, a Truth Social continua sendo uma plataforma pequena em comparação com concorrentes como o X (antigo Twitter) de Elon Musk, Reddit e o Threads do Instagram.
O ex-presidente Trump, maior acionista da Trump Media com quase 115 milhões de ações, está proibido de vender as ações até setembro devido a uma cláusula de ‘lock-up’. Portanto, esta restrição se aplica a ele e outros insiders da empresa.