O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (14) em queda em relação ao real, refletindo uma combinação de realização de lucros e desvalorização da moeda no mercado internacional. A cotação finalizou o dia com um recuo de 0,92%, a R$ 5,391.
O movimento não era observado desde o dia 14 de junho, quando o dólar fechou abaixo dos R$ 5,40. Entretanto, na última quinta-feira, a divisa americana havia alcançado o maior patamar em quase dois anos.
A cotação à vista do dólar caiu 0,92%, sendo negociado a R$ 5,390 na compra e R$ 5,391 na venda. Contudo, o dólar futuro (DOLFUT) apresentava uma queda de 0,81%, sendo cotado a 5.394 pontos por volta das 17h25. Na parte da manhã, o Banco Central realizou a venda de todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos para a rolagem dos vencimentos de agosto.
Cotação do Dólar
- Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,390
- Venda: R$ 5,391
- Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,415
- Venda: R$ 5,595
O ajuste de posições, a realização de lucros pelos investidores e o enfraquecimento global do dólar explicam o recuo da cotação nesta segunda-feira, que chegou a R$ 5,376 na mínima do dia.
Então, o dollar index, que mede a variação do dólar frente a uma cesta de moedas, apresentou queda de 0,31%, atingindo 105.472 pontos por volta das 17h25 (horário de Brasília).
Contexto Econômico
Segundo o Boletim Focus semanal, houve um leve aumento nas expectativas inflacionárias para 2024 e 2025. Isso interrompeu as recentes revisões para a taxa Selic, que se mantiveram estáveis. O boletim também indicou uma alta nas previsões para o câmbio entre 2024 e 2027, sugerindo que as instituições financeiras já percebem um novo patamar para as cotações do real devido aos riscos fiscais percebidos no Brasil e à credibilidade questionada da condução das políticas econômicas.
A queda do dólar em relação ao real ocorreu em paralelo ao firme avanço do Ibovespa e à queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), caracterizando um dia positivo para os ativos brasileiros. Sendo assim, a sessão transcorreu sem a divulgação de indicadores relevantes e sem declarações de autoridades em Brasília que pudessem gerar instabilidade.
Os investidores também aguardavam a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que seria divulgada na terça-feira. Portanto, o documento deve fornecer mais detalhes sobre a manutenção da taxa Selic em 10,50% na semana passada, decisão tomada de forma unânime.
Além disso, há grande expectativa para a divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior ao longo da semana. Entre eles, o IPCA-15 brasileiro na quarta-feira e o índice de inflação PCE norte-americano na sexta-feira.