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Anfavea propõe aumento na alíquota de importação de veículos

Proteção à indústria nacional contra importações crescentes

Carros - Automóveis - Veículos - Fenabrave - Anfavea - seguro de automóveis
(Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)
Carros - Automóveis - Veículos - Fenabrave - Anfavea - seguro de automóveis
(Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) formalizou um pedido ao governo brasileiro para elevar imediatamente a alíquota de importação de veículos, incluindo os elétricos, para 35%. O objetivo é proteger a indústria nacional diante da crescente entrada de automóveis estrangeiros, especialmente os provenientes da China.

A própria Anfavea divulgou nesta quinta-feira (27) que apresentou anteriormente o pedido ao Ministério da Fazenda. No entanto, detalhou-o posteriormente em reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

A assessoria de imprensa do MDIC confirmou que recebeu o pedido da Anfavea. O Ministério destacou que também recebeu uma solicitação contrária por parte dos importadores, que defendem a manutenção das alíquotas atuais. O MDIC anunciou que iniciará uma análise técnica detalhada, sem pré-julgamentos, para avaliar os impactos econômicos e industriais de uma possível alteração na política de importação de veículos.

Atualmente, a alíquota de importação de veículos está escalonada pelo programa Mover, do governo federal, podendo atingir até 35% em um prazo de dois anos. No entanto, diante das condições atuais do mercado nacional, com um aumento das importações e impactos na produção local, a Anfavea argumenta que a antecipação dessa medida se faz necessária.

Uma fonte interna da Anfavea, que preferiu não se identificar, destacou que o mercado brasileiro está sendo cada vez mais abastecido por veículos importados. Sendo assim, impactado negativamente os empregos no setor automotivo nacional. Segundo a fonte, o volume de importações tem superado as expectativas iniciais, representando uma concorrência direta aos veículos fabricados localmente.

Mundo

Os veículos elétricos e híbridos, muitos produzidos na China, têm gerado debates em diversos mercados globais. Na Europa e nos Estados Unidos, as indústrias locais adotaram medidas protecionistas para proteger-se contra subsídios e vantagens competitivas de fabricantes estrangeiros.

Pablo Toledo, diretor de marketing da BYD no Brasil, comentou sobre a crescente demanda por veículos elétricos e o impacto das mudanças na política de importação. Ele ressaltou que, mesmo com desafios, a competitividade no mercado é importante para o avanço tecnológico. Além disse, tem a oferta de opções acessíveis aos consumidores brasileiros.

“Está claro como a BYD está contribuindo; amanhã comemoramos um ano desde que nosso carro elétrico 100% acessível foi lançado no mercado”, disse Paulo Toledo, e acrescentou. “O cenário é desafiador, mas é essencial considerar o impacto que um aumento de 35% na alíquota de importação teria sobre o preço final dos veículos.”