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Déficit primário do setor público alcança R$ 63,9 bilhões em maio

Saldo negativo supera expectativas e preocupa analistas

Moeda - Dinheiro - Real - Economia - Rendimento - Crédito - Déficit Primário
(Imagem: Pixabay)

Em maio, o setor público consolidado do Brasil registrou um déficit primário de R$ 63,9 bilhões, uma cifra superior ao saldo negativo de R$ 50,2 bilhões observado no mesmo mês do ano anterior e acima da estimativa de R$ 58 bilhões feita pelo consenso LSEG de analistas. Os dados, divulgados pelo Banco Central, refletem um cenário fiscal desafiador para o país.

Nos últimos doze meses, o déficit acumulado pelo setor público consolidado alcançou R$ 280,2 bilhões, o que representa 2,53% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor é 0,11 ponto percentual maior do que o déficit acumulado nos doze meses anteriores até abril. Sendo assim, mostra uma tendência de crescimento no saldo negativo.

Os dados mostram que o Governo Central foi responsável por um déficit de R$ 60,8 bilhões em maio, enquanto os governos regionais apresentaram um saldo negativo de R$ 1,1 bilhão. As empresas estatais também contribuíram para o déficit com R$ 2 bilhões no mesmo período.

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Quando incluímos os juros nominais apropriados, o resultado nominal do setor público consolidado mostra um déficit ainda maior de R$ 138,3 bilhões em maio. Em termos acumulados em doze meses, o déficit nominal atingiu R$ 1,061 trilhão, correspondente a 9,57% do PIB. Assim, o valor é ligeiramente superior ao déficit nominal de R$ 1,042 trilhão, ou 9,45% do PIB, acumulado até abril de 2024.

Dívida Líquida e Bruta

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) totalizou R$ 6,9 trilhões em maio. O valor é equivalente a 62,2% do PIB, registrando um aumento de 0,7 pontos percentuais no mês. No acumulado do ano, a dívida líquida cresceu 1,2 pontos percentuais do PIB. Então, o aumento foi impulsionado pelos juros nominais apropriados, que adicionaram 0,7 pontos percentuais, e pelo déficit primário, que contribuiu com um aumento de 0,6 pontos percentuais.

Influências Externas e Internas

O resultado de maio também refletiu uma desvalorização cambial de 1,3% no mês, o que contribuiu para uma redução de 0,2 pontos percentuais na dívida. Além disso, os demais ajustes da dívida externa líquida e a variação do PIB nominal ajudaram a reduzir a dívida em 0,2 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente.

Dívida Bruta do Governo Geral

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 76,8% do PIB em maio, totalizando R$ 8,5 trilhões. O valor representa um aumento de 0,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Os dados evidenciam a necessidade de ajustes fiscais para controlar o crescimento da dívida.

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