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UFC, FIEC e SENAI impulsionam economia circular no Pecém

Iniciativa da UFC visa transformar práticas industriais

Economia circular em pauta. FIEC, UFC e SENAI lançam parceria. (Foto: Divulgação/FIEC)
Economia circular em pauta. FIEC, UFC e SENAI lançam parceria. (Foto: Divulgação/FIEC)

A transição de uma economia linear, onde os recursos são extraídos, produzidos e descartados, para um modelo de economia circular, que busca reutilizar insumos em novos processos, é um desafio crucial para o desenvolvimento econômico sustentável. Um projeto do Laboratório de Estudos em Competitividade e Sustentabilidade (LECoS) da Universidade Federal do Ceará (UFC) está trabalhando nesse sentido junto às empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), com um foco especial na instalação do HUB de Hidrogênio Verde.

A economia circular é um conceito estratégico que visa a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Diferente da economia linear, que segue um ciclo de vida com fim, a economia circular promove novos fluxos contínuos de reutilização e renovação, buscando dissociar o crescimento econômico do aumento no consumo de recursos. Este modelo econômico reorganiza os sistemas de produção e consumo em circuitos fechados, inspirando-se nos ecossistemas naturais.

Desenvolvimento do projeto sobre economia circular

No dia 26 de junho, os primeiros resultados desse projeto foram apresentados durante o workshop “CIPP em transição: rotas para uma economia circular”, realizado na Casa da Indústria. Este evento contou com a participação de diversas entidades, incluindo a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o SENAI Ceará e a Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (AECIPP), além do financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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O projeto tem como objetivo desenvolver rotas para a transição para uma economia circular no CIPP, baseando-se em dados coletados e entrevistas com empresas do complexo. “Escolhemos o CIPP porque ele receberá um HUB de hidrogênio verde. Com isso, precisamos entender como essa nova indústria afetará a dinâmica existente no complexo”, explicou Mônica Abreu, professora do Departamento de Administração da UFC e coordenadora do LECoS.

Rotas do desenvolvimento sustentável

As rotas propostas, que funcionam como sugestões de ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo, foram discutidas no evento e adaptadas pelos representantes das empresas presentes. Ao todo, dez rotas de economia circular foram criadas, divididas entre os temas “governança e ecossistema da inovação”, “novos negócios”, “soluções circulares” e “operações circulares”. Essas rotas serão posteriormente modeladas matematicamente para otimizar decisões e processos. David Carneiro, pesquisador do LECoS, destacou a importância dessa abordagem: “Estamos reunidos com 34 empresas para maximizar a utilidade das matérias-primas de forma matemática, consolidando as rotas definidas”.

George Braga, diretor-executivo da AECIPP, ressaltou a necessidade das empresas adotarem práticas sustentáveis: “Adotar essas práticas não só preserva o meio ambiente, mas também promove a inovação, aumenta a competitividade e garante a viabilidade econômica das nossas operações industriais, mantendo nossa relevância no cenário global”.

O SENAI Ceará também contribuiu para a iniciativa voltada à economia circular, apresentando seu edital de fomento à inovação para a indústria, que oferece financiamento para que as empresas implementem as ações discutidas. “Geramos várias soluções, mas a questão é como financiar essas iniciativas. O edital do SENAI oferece uma possibilidade real de implementação e financiamento, essencial para a viabilização das propostas”, enfatizou Mônica Abreu.

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Importância do tema

Tarcísio Bastos, gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia (UNITEC) do SENAI, destacou a importância do modelo circular: “Não se trata de uma moda passageira. Esse é um tema crucial para a sustentabilidade, o futuro do planeta e dos negócios. Manter um desenvolvimento baseado na economia linear é insustentável.”

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