A Prio apresentou um desempenho misto em sua produção e vendas de petróleo em junho de 2024. Os números de produção, as vendas e as implicações das interrupções nos campos de petróleo seguem em debate.
Em junho de 2024, a Prio vendeu 3,3 milhões de barris de óleo, um aumento de 40,2% em relação ao mês anterior. As vendas se distribuíram da seguinte maneira:
- Campo de Frade: 1,89 milhão de barris
- Polo Polvo e Tubarão Martelo: 474,3 mil barris
- Campo de Albacora Leste: 983,5 mil barris
No segundo trimestre, a Prio registrou uma produção média de 89,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) e vendeu 8,55 milhões de barris de óleo, um crescimento de 12,6% nas vendas comparado ao trimestre anterior.
Desempenho da Prio na produção de petróleo
A produção média em junho foi de 88,2 mil boed, uma queda de 0,5% em relação a maio. Esta redução foi causada por fatores específicos em alguns campos operados pela empresa. No Campo de Frade, a produção totalizou 46 mil boed, impactada pela parada do poço ODP3, que aguarda autorização do Ibama para retomar as operações.
No Polo Polvo e Tubarão Martelo, a produção foi de 14,2 mil boed. A queda ocorreu devido a uma falha na bomba centrífuga submersa do poço TBMT-8H, também aguardando anuência do Ibama. Já no Campo de Albacora Leste, onde a Prio detém 90% de participação, a produção foi de 28 mil boed, mantendo-se estável.
Impacto das paradas e expectativas futuras
A greve do Ibama impactou as operações da Prio, atrasando a retomada de poços em manutenção. Os campos de Frade e Polvo e Tubarão Martelo foram particularmente afetados, necessitando de intervenções e autorizações para retomar a produção.
Apesar desses desafios, a produção no Campo de Albacora Leste cresceu 5,9% no trimestre, compensando parcialmente as paralisações nos outros campos. Este desempenho ajudou a superar as expectativas de produção consolidada em 3,4%.
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Análises dos analistas
O JPMorgan destacou que a produção de 88,2 mil boed em junho superou suas expectativas de 86,9 mil boed, graças ao bom desempenho dos campos de Frade e Albacora. O banco mantém uma recomendação de compra com preço-alvo de R$ 65.
O Itaú BBA também mantém uma visão positiva, apesar de esperar uma reação neutra do mercado devido à antecipação dos dados pela ANP. O banco destaca o aumento da produção em Albacora Leste como compensatório para a menor produção em outros campos, com uma recomendação de compra e preço-alvo de R$ 61.
Por outro lado, o Goldman Sachs aponta uma visibilidade limitada sobre a normalização das operações do Ibama, criando riscos para as estimativas de produção nos próximos trimestres. Mesmo assim, mantém uma recomendação de compra com preço-alvo de R$ 64,30.