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Inflação no Brasil sobe 0,21% em junho com alta nos alimentos

IPCA acumulado em 12 meses atinge 4,23%.

IPCA - Inflação - IPCA-15 - Inflação no Brasil - IPC-S
(Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
IPCA - Inflação - IPCA-15 - Inflação no Brasil - IPC-S
(Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,21% em junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Este índice é uma medida oficial da inflação no Brasil e reflete uma desaceleração em relação ao aumento de 0,46% registrado em maio.

O grupo Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta de junho, registrando um aumento de 0,44% e contribuindo com 0,10 ponto percentual para o IPCA geral. No entanto, o aumento, é menor do que o registrado em maio, quando os preços desse grupo subiram 0,62%.

Os números de junho ficaram abaixo das previsões do mercado, que esperavam um aumento de 0,32% nos preços. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,23%, um pouco abaixo das expectativas de 4,34%. Portanto, desde o início do ano, o índice acumulado é de 2,48%.

Desempenho da Inflação no Brasil

Dos nove grupos que compõem o IPCA, sete registraram aumentos em junho:

  • Alimentação e bebidas: 0,44%
  • Habitação: 0,25%
  • Artigos de residência: 0,19%
  • Vestuário: 0,02%
  • Transportes: -0,19%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,54%
  • Despesas pessoais: 0,29%
  • Educação: 0,06%
  • Comunicação: -0,08%

Alimentação e Bebidas

O subgrupo Alimentação no domicílio mostrou uma desaceleração, com uma alta de 0,47% em junho, comparada a 0,66% em maio. Produtos como o leite longa vida e a batata inglesa tiveram aumentos de 7,43% e 14,49%, respectivamente, devido a fatores como menor oferta e condições climáticas adversas.

Outros alimentos que registraram aumento de preço incluem o café moído (3,03%) e o arroz (2,25%). Em contrapartida, os preços da cenoura (-9,47%) e da cebola (-7,49%) caíram.

A Alimentação fora do domicílio também apresentou uma desaceleração, com uma alta de 0,37% em junho, abaixo dos 0,50% registrados em maio. Então, itens como lanche e refeição tiveram variações menores, de 0,39% e 0,34%, respectivamente.

Transportes e Saúde

O grupo Transportes registrou uma deflação de 0,19%, influenciada principalmente pela queda de 9,88% nas passagens aéreas, que contribuíram negativamente com 0,06 ponto percentual. Em contraste, a gasolina teve um aumento de 0,64%, impactando o índice geral em 0,03 ponto percentual. Contudo, o etanol também subiu 0,34%.

O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou uma alta de 0,54%, influenciada pelo aumento nos preços de perfumes (1,69%) e pelo reajuste dos planos de saúde autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que foi de 0,37%.

Serviços e Preços Monitorados

A inflação de serviços desacelerou para 4,49% nos últimos 12 meses, o menor valor desde setembro de 2021. Os preços monitorados, que são regulados pelo governo, subiram 6,38% no mesmo período. Sendo assim, o destaque é para a gasolina e os reajustes nas tarifas de água e esgoto.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação no Brasil para famílias de renda mais baixa, subiu 0,25% em junho, acumulando 2,68% no ano e 3,70% nos últimos 12 meses.