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Leve alta nos índices futuros dos EUA em meio a crise política

Investidores monitoram impactos do atentado contra Donald Trump

Bandeira dos EUA - Estados Unidos
Bandeira dos Estados Unidos (Imagem: Pixabay)
Bandeira dos EUA - Estados Unidos
Bandeira dos Estados Unidos (Imagem: Pixabay)

Os índices futuros dos Estados Unidos (EUA) mostravam relativa estabilidade na noite deste domingo (14). Às 19h16 (horário de Brasília), o Nasdaq futuro registrava uma leve alta de 0,08%, alcançando 20.540 pontos. O Dow Jones futuro subia 0,18%, atingindo 40.375 pontos, enquanto o S&P500 futuro avançava 0,10%, chegando a 5.670 pontos.

A expectativa do mercado era grande em relação às reações ao atentado contra o ex-presidente dos EUA e candidato do Partido Republicano, Donald Trump. Analistas de mercado sugerem que o incidente aumentou as chances de eleição do republicano, especialmente considerando a fragilidade do adversário do Partido Democrata, Joe Biden.

Temporada de resultados

Os investidores também estão focados nos desdobramentos da temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 em Wall Street. Mais de 40 empresas do S&P 500 estão programadas para divulgar os balanços esta semana, o que pode ser um catalisador para prolongar a recuperação do mercado, levando a novos recordes este ano.

Expectativas dos analistas

Com a reabertura dos mercados financeiros mundiais após a tentativa de assassinato de Donald Trump, analistas acreditam que o rali de mercado em torno de uma possível vitória do republicano nas eleições presidenciais pode ganhar ainda mais força. A antecipação de cortes de impostos com Trump na Casa Branca já vinha influenciando as apostas. Tarifas mais altas e regulamentações mais flexíveis também contribuíam para essas expectativas. O fraco desempenho de Joe Biden no debate do mês passado colocou sua campanha de reeleição em risco, reforçando essa tendência.

Impactos 

O dólar começou a se valorizar em relação à maioria das moedas no início das negociações na Ásia, impulsionado pela expectativa de que uma política fiscal frouxa manteria os rendimentos dos títulos elevados. O Bitcoin também subiu acima de US$ 60.000, refletindo possivelmente a postura favorável de Donald Trump em relação às criptomoedas.

Contudo, a violência política pode aumentar a preocupação com a instabilidade nos EUA, levando os investidores a buscar ativos de refúgio, como títulos do Tesouro, que tendem a subir em momentos de busca por segurança. Isso pode atenuar o “rali Trump” no mercado desses papéis, que depende da expectativa de políticas fiscais e comerciais que alimentariam as pressões inflacionárias.

No mercado de ações, os investidores esperam um aumento da volatilidade em Nova York. Embora o ataque contra Donald Trump não deva afetar a trajetória de longo prazo do mercado de ações, é provável que cause um cenário volátil no curto prazo. O mercado já enfrenta especulações de que os preços estão elevados devido à alta das ações de inteligência artificial. Além disso, há riscos associados às taxas de juros elevadas e à incerteza política

Setores beneficiados

Prevê-se que as ações dos bancos, cuidados de saúde e da indústria petroleira possam se beneficiar de uma vitória de Donald Trump. A volatilidade pode levar os investidores a procurar segurança temporária em ações defensivas. Por exemplo, as de empresas de grande capitalização, como também, aumentar o suporte para ações que se saem bem em uma curva de rendimento acentuada, especialmente no setor financeiro.

Expectativas para o Federal Reserve

Após o primeiro debate presidencial em junho, o fraco desempenho de Joe Biden foi visto como um impulso para as probabilidades eleitorais de Donald Trump. Durante esse evento, o dólar subiu, e os investidores começaram a apostar na compra de títulos dos EUA com vencimento mais curto e venda de notas com prazo mais longo. Afinal, é uma estratégia que tem mostrado resultados positivos. Se Donald Trump ganhar um impulso nas probabilidades eleitorais, o Federal Reserve pode optar por manter as taxas de juros estáveis por mais tempo. Contudo, a decisão seria baseada nas políticas mais inflacionárias do ex-presidente comparadas às de Joe Biden.