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Companhia aérea Lufthansa lança plano de recuperação para 2024

A gigante alemã revisa suas previsões financeiras para enfrentar um mercado em turbulência

Companhia aérea Lufthansa em crise. (Foto: René Francillon/Wikimedia Commons)
Companhia aérea Lufthansa em crise. (Foto: René Francillon/Wikimedia Commons)
Companhia aérea Lufthansa em crise. (Foto: René Francillon/Wikimedia Commons)
Companhia aérea Lufthansa em crise. (Foto: René Francillon/Wikimedia Commons)

A companhia aérea Lufthansa, um dos maiores grupos de aviação da Europa, anunciou na última sexta-feira (12) uma revisão de sua previsão de lucro para 2024. A empresa, que inclui em seu portfólio as companhias Eurowings, Austrian, Swiss e Brussels Airlines, espera agora um lucro operacional entre 1,4 e 1,8 bilhão de euros (US$ 1,5 a US$ 1,9 bilhão), uma redução considerável em relação à estimativa anterior de cerca de 2,2 bilhões de euros.

Resultados financeiros do segundo trimestre

O segundo trimestre de 2024 apresentou um desafio para o grupo. O lucro operacional caiu para 686 milhões de euros, uma queda de quase 40% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa queda é ainda mais acentuada para a principal companhia do grupo, a Lufthansa Airlines, que viu seus lucros trimestrais despencarem de 515 milhões de euros em 2023 para apenas 213 milhões de euros em 2024.

A empresa atribui essa queda às más condições de mercado, operações de voo ineficientes e atrasos na entrega de aeronaves. Além disso, o impacto das greves enfrentadas no início do ano, que resultaram em um custo estimado de 450 milhões de euros, contribuiu significativamente para os resultados negativos.

Programa de recuperação

Para enfrentar esses desafios, a companhia aérea Lufthansa lançou um programa abrangente de recuperação. Embora os detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, o grupo está focado em melhorar a eficiência operacional e ajustar suas estratégias de mercado para alcançar um ponto de equilíbrio financeiro ainda em 2024.

As demais companhias aéreas do grupo, como Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings e Swiss, mantiveram seus lucros relativamente estáveis. A Lufthansa Cargo, tradicionalmente um pilar de sustentação financeira, também espera resultados positivos no quarto trimestre, impulsionando o desempenho anual do grupo.

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Desafios adicionais

A Lufthansa enfrenta um cenário complicado devido a fatores externos. A guerra entre Hamas e Israel e as tensões no Oriente Médio obrigaram a suspensão de voos para vários destinos na região. Além disso, a empresa introduziu recentemente uma taxa ambiental nas tarifas europeias para cobrir custos adicionais decorrentes das regulamentações climáticas da União Europeia.

Outro movimento estratégico do grupo foi a aquisição de uma participação na ITA Airways, uma manobra que recebeu aprovação condicional da UE e pode trazer novos ares para a empresa, criada a partir da falência da Alitalia.

Todavia, a Lufthansa não está sozinha em seus desafios. Sua principal rival europeia, a Airbus-KLM, também enfrentou dificuldades este ano. Ela registrou uma perda de 522 milhões de euros no primeiro trimestre devido ao aumento dos custos e às tensões geopolíticas.

Perspectivas para o futuro

O Grupo Lufthansa está programado para divulgar mais detalhes sobre suas perspectivas financeiras juntamente com os resultados finais do segundo trimestre em 31 de julho. A expectativa é que as medidas de recuperação comecem a mostrar resultados já no segundo semestre de 2024, embora a companhia continue a enfrentar um cenário global incerto.