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Ipea: inflação de junho cai em todas as faixas de renda

Alimentos e bebidas lideram a pressão inflacionária.

IPCA - Inflação - IPCA-15 - Inflação no Brasil - IPC-S
(Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
IPCA - Inflação - IPCA-15 - Inflação no Brasil - IPC-S
(Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Nesta segunda-feira (15), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou que a inflação de junho foi menor que a registrada em maio para todas as faixas de renda. Alimentos e bebidas foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária, seguidos pelo grupo de saúde e cuidados pessoais.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente e avalia seis categorias de renda domiciliar: muito baixa (menor que R$ 2.105,99), baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99), média-baixa (entre R$ 3.158,99 e R$ 5.264,98), média (entre R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96), média-alta (entre R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92) e alta (maior que R$ 21.059,92).

A faixa de renda alta teve a maior desaceleração da inflação em junho, com uma taxa de 0,04%, em comparação a 0,46% em maio. Essa redução foi favorecida pela queda nas tarifas aéreas (-9,9%) e nos serviços de transporte por aplicativo (-2,8%).

Em contrapartida, as faixas de renda baixa e muito baixa registraram as maiores variações inflacionárias, ambas com 0,29%. Portanto, em maio, a inflação para esses grupos foi de 0,48%.

Variação

No acumulado do ano, a menor variação inflacionária foi observada nas famílias de renda alta, com 1,64%. Em contraste, as famílias de renda muito baixa apresentaram a maior variação, de 2,87%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilizado como índice oficial da inflação no Brasil, registrou uma variação de 2,43% desde o início do ano.

Últimos 12 meses

Ao analisar os dados acumulados dos últimos 12 meses, as famílias de renda muito baixa apresentaram a menor taxa inflacionária, com 3,66%. Por outro lado, as famílias de renda alta tiveram a maior inflação acumulada, com uma taxa de 4,79%.

Alimentos e bebidas

Em junho, o grupo de alimentos e bebidas registrou aumentos nos preços do arroz (2,3%), tubérculos (2%) e leites e derivados (3,8%). Contudo, houve deflação nos preços de frutas (-2,6%), carnes (-0,47%) e aves e ovos (-0,34%).

Saúde

No grupo de saúde e cuidados pessoais, os produtos farmacêuticos (0,52%) e de higiene pessoal (0,77%) tiveram os reajustes mais expressivos. Serviços médicos, como hospital e laboratório (1,0%), e planos de saúde (0,37%) também contribuíram para a pressão inflacionária.