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O que está por trás dos US$ 10,65 trilhões em ativos da BlackRock no 2T24?

Crescimento é impulsionado por aquisições estratégicas e inovação tecnológica

Veja desempenho da BlackRock no 2T24. (Foto: Divulgação).
Veja desempenho da BlackRock no 2T24. (Foto: Divulgação).
Veja desempenho da BlackRock no 2T24. (Foto: Divulgação).
Veja desempenho da BlackRock no 2T24. (Foto: Divulgação).

A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, recentemente atingiu um marco ao alcançar US$ 10,65 trilhões em ativos sob gestão (AUM), conforme relatado pela Bloomberg. Esse valor supera a soma dos ativos das gestoras Fidelity, Capital Group, Invesco e Franklin Templeton juntas.

No segundo trimestre de 2024, a BlackRock reportou um lucro líquido de US$ 1,5 bilhão (US$ 9,99 por ação), um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado por ação foi de US$ 10,36, superando a estimativa média de Wall Street de US$ 9,93. A receita trimestral aumentou 8%, alcançando US$ 4,8 bilhões, conforme previsto pelos analistas.

Crescimento e tecnologia da BlackRock

A BlackRock anunciou um aumento de 13% no seu AUM em comparação ao ano anterior. Esse crescimento reflete o impacto da tecnologia na eficiência operacional da empresa. A BlackRock mantém sua posição como a maior gestora de recursos global desde 2019, com a Vanguard e a Fidelity ocupando o segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Além disso, a estratégia de crescimento da BlackRock inclui aquisições. Recentemente, a empresa adquiriu a Global Infrastructure Partners por US$ 12,5 bilhões, adicionando US$ 100 bilhões em AUM de infraestrutura. Outra aquisição notável foi a da empresa de dados Preqin por US$ 3,2 bilhões. Essas aquisições reforçam a posição da BlackRock em mercados de rápido crescimento e ampliam sua capacidade de oferta em ativos alternativos.

Distribuição dos ativos

Os ativos da BlackRock estão diversificados em várias categorias, com a maior parte (55%) investida em equity. O restante está alocado em renda fixa (26%), multi-asset (9%) e alternativos (3%), além de manter 7% dos ativos em caixa. Cerca de 54% do AUM da BlackRock provém de clientes institucionais, 37% de ETFs e 9% de investidores de varejo.

Um estudo do Thinking Ahead Institute, analisando as 50 maiores gestoras do mundo, revelou que entre 2017 e 2022, a Fidelity liderou o crescimento médio anual composto com 43,7%, seguida pela Brookfield com 22,8%. A BlackRock, no entanto, ocupou o 14º lugar com um crescimento de apenas 6,4%. Além disso, os 500 maiores gestores globais viram uma queda de 13,7% em seus AUM em 2022 em comparação ao ano anterior.

Fluxos de investimento

Durante o segundo trimestre, a BlackRock atraiu US$ 51 bilhões em novos investimentos de clientes para seus fundos de longo prazo, elevando seu AUM para um recorde de US$ 10,65 trilhões. Os investidores adicionaram US$ 83 bilhões aos fundos de índice (ETFs) e US$ 35 bilhões aos ativos de renda fixa. No entanto, os fluxos líquidos de US$ 82 bilhões ficaram abaixo da estimativa média de US$ 86 bilhões, conforme pesquisa da Bloomberg.

Desse modo, a BlackRock está se posicionando como um balcão único para uma vasta gama de ETFs e fundos de gestão ativa e passiva. Além disso, a empresa está ampliando seus negócios no mercado de crédito privado, reforçada pela aquisição da Global Infrastructure Partners. Recentemente, a BlackRock anunciou a compra da Preqin por 2,55 bilhões de libras, expandindo seu acesso a dados e análises de mercados privados.