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Taxação sobre importações cria onda nas redes sociais

Entre memes e apuros, era digital entrega novos desafios para a comunicação do Governo

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"Taxa das blusinhas" faz chover memes sobre o Ministro da Economia Fernando Haddad. (Foto: Cassia André - Hoje em Dia)
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"Taxa das blusinhas" faz chover memes sobre o Ministro da Economia Fernando Haddad. (Foto: Cassia André - Hoje em Dia)

Válida a partir do dia 01/08, taxação cria onda nas redes sociais. Provocando discussões e pondo em xeque a habilidade do governo em se comunicar na era digital, a popularmente conhecida como Taxa das Blusinhas, determina a taxação de 20% nas compras internacionais de até U$50. O intuito econômico é tornar as compras no mercado nacional mais atraentes e reduzir a dispersão do poder de compra do brasileiro em itens vindos de polos como Ásia e Estados Unidos. O Governo também ressalta que além da tributação sobre a importação, a segurança dos itens comercializados através do mercado interno atende às medidas da Anvisa.

Brasil: campeão em produzir e consumir memes

Apesar de bem-vinda para o setor empresarial, em especial o varejista, a taxação criou ondas nas redes nas últimas semanas. Através das redes sociais, memes foram veiculados trazendo a imagem do Ministro da Economia Fernando Haddad. Em montagens com referências a filmes, séries e trechos de músicas, as redes vem usando o senso de humor para debater o impacto da taxação no acesso de itens como roupas, por exemplo. Foram mais de 11 milhões de usuários impactados pelas sátiras, que alcançaram espaços também no whatsapp e nos telões da Times Square, em Nova York.

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Internautas capturam meme exibido em telão da Times Square, NYC. (Reprodução/Instagram)

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Comunicação como Estratégia

A viralização destes conteúdos para diversas camadas da população revela um desafio do Governo sobre a dinâmica de comunicação atual, onde as redes sociais são uma ampla frente de contato com a população. Em resposta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann afirmou em uma sessão que os materiais não são memes e sim, “desinformação”. O tom tímido e formal das reações contrasta com o humor compartilhado pelos usuários e impacta diretamente a aceitação das medidas previstas no plano econômico no campo tributário. Além disso, se destaca o distanciamento do governo de sua popularidade, além de dificultar a formulação da imagem do ministro como candidato a próxima eleição presidencial tal como a aposta de seu partido.