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Déficit do setor público é de R$ 40,9 bilhões em junho

Redução em comparação a junho de 2023

Moeda Brasileira - Dinheiro - PIB - Selic - fundos de pensão - Brasil - rendimento; desoneração folha de pagamentos - crédito - arrecadação - Moody's - Poupança - crédito - PIB do Brasil - déficit - Copom - IBC-Br
(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)
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(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

O Banco Central (BC) divulgou hoje (29), em Brasília, que o setor público consolidado registrou um déficit de R$ 40,9 bilhões em junho deste ano. O resultado mostra uma redução comparativa ao déficit de R$ 48,9 bilhões verificado em junho de 2023.

Nos últimos 12 meses, o déficit do setor público consolidado, que inclui o governo federal, estados, municípios e empresas estatais, somou R$ 272,2 bilhões. Esse valor representa 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma diminuição de 0,08 ponto percentual em comparação ao déficit acumulado até maio.

Em junho, o governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, apresentou um déficit de R$ 40,2 bilhões. No entanto, as empresas estatais registraram um déficit de R$ 1,7 bilhão. Contrapondo esses números, os governos regionais (estados e municípios) conseguiram um superávit de R$ 1,1 bilhão.

Juros nominais

Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado totalizaram R$ 94,9 bilhões em junho. Então, foi um aumento em relação aos R$ 40,7 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior. As operações de swap cambial, que resultaram em uma perda de R$ 28,6 bilhões em junho de 2024, comparado a um ganho de R$ 20,5 bilhões em junho de 2023, são a principal causa desse aumento.

No acumulado dos últimos 12 meses até junho, os juros nominais atingiram R$ 835,7 bilhões, equivalendo a 7,48% do PIB. Portanto, o valor supera os R$ 638,1 bilhões (6,06% do PIB) observados nos 12 meses até junho de 2023.

Resultado nominal e dívida

O resultado nominal do setor público consolidado registrou um déficit de R$ 135,7 bilhões em junho. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit nominal alcançou 9,92% do PIB. Portanto, o déficit totalizou R$ 1.108 bilhões, em comparação ao déficit nominal de R$ 1.061,9 bilhões (9,56% do PIB) acumulado até maio de 2024.

Além disso, o BC informou que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou junho em 62,2% do PIB, correspondendo a R$ 6,9 trilhões. Vários fatores resultaram nesse aumento de 0,1 ponto percentual no mês, incluindo os juros nominais apropriados (+0,8 p.p.), o déficit primário (+0,4 p.p.), a desvalorização cambial de 6,1% no mês (-0,7 p.p.) e a variação do PIB nominal (-0,3 p.p.).

No acumulado anual, os juros nominais (+4,1 p.p.), o reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), o crescimento do PIB nominal (-1,7 p.p.) e a desvalorização cambial de 14,8% (-1,6 p.p.) influenciaram a DLSP, resultando em um aumento de 1,3 ponto percentual do PIB.

 

 

 

Dívida bruta

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, alcançou 77,8% do PIB em junho de 2024, totalizando R$ 8,7 trilhões. O valor representa um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. O BC informou que os juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), as emissões líquidas (+0,6 p.p.), a desvalorização cambial (+0,3 p.p.) e a variação do PIB nominal (-0,4 p.p.) impulsionaram o aumento.

No acumulado anual, a DBGG aumentou 3,4 pontos percentuais do PIB, principalmente devido à incorporação de juros nominais (+3,8 p.p.), à emissão líquida de dívida (+0,9 p.p.), à desvalorização cambial (+0,6 p.p.) e ao crescimento do PIB nominal (-2,1 p.p.).