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Dívida Pública Federal atinge R$ 7,067 trilhões em junho

Crescimento de 2,25% em relação a maio de 2024

Dívida Pública - dívidas
(Imagem: João Geraldo Borges Júnior/Pixabay)
Dívida Pública - dívidas
(Imagem: João Geraldo Borges Júnior/Pixabay)

A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil fechou junho de 2024 em R$ 7,067 trilhões, representando um crescimento de 2,25% em comparação a maio, quando o montante era de R$ 6,912 trilhões. A divulgação dos dados foi realizada pelo Tesouro Nacional no dia 26 de julho.

O aumento coloca a DPF dentro do intervalo previsto para o ano de 2024, conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipula um valor entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. Helano Borges Dias, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, indicou que a equipe econômica revisará os parâmetros do PAF em agosto, dada a volatilidade observada ao longo do ano.

Influências externas

O PAF se baseia em várias premissas, incluindo a expectativa de que o Federal Reserve dos EUA reduzirá a taxa de juros, o que aliviará a pressão sobre a dívida pública brasileira. No contexto externo, a valorização do dólar fez com que a Dívida Pública Federal externa (DPFe) aumentasse 9,86%. O valor passou de R$ 285,47 bilhões em maio para R$ 313,61 bilhões em junho.

 

Composição interna da dívida

A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) aumentou 1,93%, de R$ 6,626 trilhões em maio para R$ 6,754 trilhões em junho. No entanto, o Tesouro Nacional emitiu R$ 83,25 bilhões em títulos no mês, corrigindo a maioria deles (R$ 49,65 bilhões) pela Selic. Títulos prefixados e indexados à inflação completaram as emissões.

Pressão dos juros apropriados

O aumento da dívida também se deve à apropriação de R$ 55,51 bilhões em juros. Com a Selic a 10,5% ao ano, a apropriação de juros adiciona pressão ao estoque da dívida. O processo reconhece mensalmente a correção dos juros sobre os títulos, incorporando o valor ao total da dívida.

Reserva financeira

A reserva de liquidez, ou colchão da dívida pública, cresceu 7,05%, de R$ 1,031 trilhão em maio para R$ 1,104 trilhão em junho. O colchão atualmente cobre 8,20 meses de vencimentos da dívida pública, com vencimentos previstos para julho, agosto e setembro de 2024, além de janeiro de 2025.

 

Diversificação da DPF

A participação da DPMFi na DPF diminuiu levemente, de 95,87% em maio para 95,56% em junho, enquanto a DPFe aumentou sua participação de 4,13% para 4,44%. A proporção de títulos corrigidos pela Selic teve uma leve redução. No entanto, os títulos prefixados e indexados à inflação apresentaram pequenas variações.

Prazo médio e detentores

O prazo médio da DPF caiu de 4,08 anos para 4,02 anos, refletindo a confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos. Instituições financeiras são os principais detentores da DPMFi, seguidas por fundos de pensão e fundos de investimento. Contudo, a participação de investidores estrangeiros subiu de 9,76% em maio para 10,03% em junho.