Nesta segunda-feira (29), o dólar à vista apresentou uma breve alta em relação ao real, mas logo cedeu espaço à queda. O movimento reflete a cautela dos investidores antes das importantes decisões de política monetária programadas para esta semana.
Na quarta-feira (31), três grandes economias – Brasil, Estados Unidos e Japão – terão suas respectivas comissões de política monetária anunciando decisões que prometem influenciar os mercados financeiros globalmente.
O dólar comercial caiu 0,57%, sendo cotado a R$ 5,625 na compra e R$ 5,626 na venda. No mercado futuro, o contrato de dólar com primeiro vencimento (DOLc1) registrou uma queda de 0,71%, situado a 5.628 pontos. Contudo, na sexta-feira passada, o dólar à vista fechou a R$ 5,658 na venda, marcando uma alta de 0,19% no dia e acumulando um aumento de 0,62% no mês.
Detalhes das Cotações
Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,625
- Venda: R$ 5,626
Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,671
- Venda: R$ 5,851
Estados Unidos
O Federal Reserve (Fed) deve manter a taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%. No entanto, a atenção dos investidores está voltada para possíveis sinalizações sobre futuros cortes de juros. A especulação de que o Fed possa reduzir as taxas em setembro, e possivelmente mais uma vez até o final do ano, pode enfraquecer o dólar, tornando-o menos atrativo em comparação com os rendimentos dos Treasuries.
Japão
A reunião do Banco do Japão (BoJ) também é um ponto focal, com rumores sobre um possível aumento nas taxas de juros. No entanto, a expectativa já levou a uma valorização do iene, o que pode impactar negativamente as moedas de mercados emergentes, como o real.
Brasil
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará sua decisão sobre a taxa Selic, com a expectativa de manutenção em 10,50% ao ano. Essa decisão é aguardada com atenção devido às preocupações com a inflação, especialmente com o recente aumento nas projeções de IPCA para 2024 e 2025. Economistas preveem que o índice de preços ao consumidor pode encerrar 2024 em 4,10% e 2025 em 3,96%. Afinal, o valor é superior à meta oficial de inflação de 3%.
