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Índice de Confiança dos Serviços se estabiliza em julho, aponta FGV

Indicador registra ligeira alta de 0,2 ponto, chegando a 94,2 pontos.

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Confiança dos serviços se estabiliza em julho, aponta FGV. /(Foto: Elle Takes Photos/Pexels).
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Confiança dos serviços se estabiliza em julho, aponta FGV. /(Foto: Elle Takes Photos/Pexels).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou ligeira estabilidade em julho, variando +0,2 ponto e atingindo 94,2 pontos, conforme divulgado nesta terça-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice registrou um pequeno recuo de -0,2 ponto. 

Este resultado foi influenciado por avaliações divergentes entre a percepção do momento atual e as expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,7 ponto, alcançando 96,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 1,2 ponto, chegando a 92,5 pontos. 

Segundo a FGV, a alta na avaliação da situação atual foi impulsionada pelo indicador de volume de demanda, que cresceu 2,0 pontos, totalizando 96,6 pontos, e pelo indicador de situação atual dos negócios, que avançou 1,5 pontos, somando 95,6 pontos. 

Por outro lado, os componentes do IE-S mostraram direções opostas: o indicador de demanda prevista para os próximos três meses caiu 2,8 pontos, situando-se em 92,8 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses teve um pequeno avanço de 0,4 ponto, alcançando 92,3 pontos. 

O economista do FGV/Ibre, Stéfano Pacini, afirmou que os resultados de julho confirmam a tendência de estabilidade na confiança do setor de serviços ao longo do ano. “Apesar do resultado positivo em alojamento e alimentação, as expectativas esfriam nos demais setores, demonstrando cautela dos empresários quanto ao futuro dos negócios“, disse Pacini. 

Leia também: Confiança no comércio apresenta alta em julho

Cautela permeia as expectativas da negócios 

Os indicadores relevam resultados positivos no volume de demanda durante o período, recuperando parte das perdas do mês anterior. Para Pacini, o cenário macroeconômico de bons níveis de renda e emprego contribui para a estabilidade na demanda de serviços. “Por outro lado, a interrupção no ciclo de queda da taxa de juros pode estar sendo refletida na cautela em relação aos próximos meses”, ponderou. 

Em julho, a alta da confiança foi disseminada em quatro dos seis principais segmentos do setor. O Índice de Expectativas (IE-COM) apresentou a maior influência positiva ao avançar 1,1 ponto, para 92,5 pontos, após queda no mês anterior. 

Os quesitos que compõem o IE-COM variaram de maneiras distintas no mês: o indicador que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 4,5 pontos, para 96,1 pontos, maior nível desde setembro de 2022 (96,9 pontos), enquanto o que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu pelo terceiro mês consecutivo, agora em 2,3 pontos, para 89,2 pontos 

Com os indicadores apresentando movimentos variados, o setor de serviços segue em uma trajetória de cautela, refletindo as incertezas econômicas e os desafios enfrentados pelos empresários. Apesar das melhorias pontuais, o panorama geral sugere um ambiente de expectativas moderadas, com a confiança se mantendo estável, mas sem sinais de recuperação robusta no curto prazo.