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Lucro da CCR dobra com crescimento no tráfego de rodovias e aeroportos

Resultados financeiros impulsionam expansão

CCR divulga lucro do segundo trimestre de 2024. (Foto: Divulgação).
CCR divulga lucro do segundo trimestre de 2024. (Foto: Divulgação).
CCR divulga lucro do segundo trimestre de 2024. (Foto: Divulgação).
CCR divulga lucro do segundo trimestre de 2024. (Foto: Divulgação).

A CCR (CCRO3), empresa do setor de concessões de infraestrutura, divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 411 milhões no segundo trimestre de 2024, um crescimento de 102,1% em comparação com o mesmo período de 2023. Este aumento foi impulsionado pelo aumento do tráfego nas rodovias gerenciadas pela empresa e melhorias na eficiência operacional. Sem ajustes, o lucro líquido foi de R$ 267,93 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também apresentou crescimento, alcançando R$ 2 bilhões, um aumento de 14,4% em relação ao segundo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada consolidada subiu 0,9 pontos percentuais, atingindo 57,6%. Sem ajustes, o Ebitda ficou em R$ 1,7 bilhão.

Fatores contribuintes para o lucro da CCR

A administração da CCR atribui o crescimento do lucro líquido à demanda resiliente em todas as modalidades de transporte e à redução dos custos operacionais. O aumento no Ebitda foi associado à expansão das atividades, especialmente em rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. A receita líquida cresceu 12,5%, atingindo R$ 3,4 bilhões, impulsionada pelo aumento de tráfego nas rodovias e pela recuperação dos volumes de passageiros em mobilidade urbana e aeroportos. As receitas complementares aumentaram 18,6% devido a diversas iniciativas operacionais.

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Desempenho em rodovias e aeroportos

A Autoban, o maior sistema de rodovias da CCR, registrou seu melhor mês em junho, com 26,7 milhões de eixos equivalentes, superando o recorde anterior de novembro de 2023. O tráfego comercial na Autoban está agora 47% acima dos níveis pré-pandemia. Miguel Setas, CEO da CCR, destacou que a alta do dólar impulsionou a atividade de exportação, beneficiando as rodovias em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Nos aeroportos, a CCR observou um crescimento de 9% no tráfego durante o trimestre, com destaque para o Aeroporto de Confins, que teve um aumento de 15% no tráfego do primeiro para o segundo trimestre. A introdução de novas rotas, como BH-Curaçao, também contribuiu para os resultados positivos.

Expansão na mobilidade urbana

Na área de mobilidade urbana, houve um aumento de 8% no tráfego, impulsionado pela entrada em operação de novas linhas. No metrô da Bahia, foram entregues duas novas estações, e no VLT carioca, o Terminal Intermodal Gentileza foi inaugurado, resultando em um aumento de 29% no tráfego. As linhas 5 e 4 de São Paulo também registraram crescimento devido ao retorno das empresas aos escritórios.

Investimentos e financiamentos

A CCR anunciou um empréstimo de R$ 10,75 bilhões junto ao BNDES para as obras da concessão Rio-SP, incluindo a rodovia Dutra e a BR-101 entre São Paulo e Rio de Janeiro. A emissão de debêntures incentivadas de R$ 9,41 bilhões foi a maior operação de títulos incentivados já realizada no país. Esses recursos serão utilizados para financiar os investimentos de R$ 15 bilhões necessários para as obras da CCR Rio-SP.

Perspectivas futuras

Para o terceiro trimestre de 2024, a CCR espera uma estabilização da demanda robusta observada até agora. Miguel Setas mencionou que, embora julho esteja forte, a expectativa é de um efeito de amortecimento no segundo semestre. A empresa também está focada na simplificação das estruturas e contenção de despesas para controlar custos.

A relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado ficou em 3,1 vezes, ligeiramente acima dos 3 vezes registrados no segundo trimestre de 2023. A empresa continua a realizar operações de gestão de passivos, trocando dívida mais cara por mais barata e alongando prazos.