Na quarta-feira (31), a Delta Air Lines informou que sofreu um prejuízo de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,83 bilhões) devido ao apagão cibernético global ocorrido em 19 de julho. A companhia aérea anunciou planos de processar a CrowdStrike, responsável pela falha de software, e a Microsoft, cujos sistemas operacionais foram afetados pela pane.
Ed Bastian, diretor da Delta Air Lines, afirmou à CNBC que a empresa está considerando todas as opções para obter compensação pelos prejuízos incorridos. “Não temos outra opção”, declarou. Ele afirmou que a interrupção resultou em “meio bilhão de dólares em um período de cinco dias”, considerando perda de receita e custos com indenizações e acomodações para passageiros.
A pane forçou a restauração manual de cerca de 40 mil servidores da Delta, exacerbando os custos operacionais e dificultando ainda mais a recuperação das operações normais da companhia.
A origem do problema foi uma atualização defeituosa no software Falcon, da CrowdStrike, que deveria proteger contra invasões cibernéticas. Em vez disso, a atualização causou comportamentos destrutivos nos sistemas Windows, amplamente utilizados pela Delta e outras empresas globais.
Impacto mundial
A falha do dia 19 de julho afetou aproximadamente 9 milhões de dispositivos da Microsoft em todo o mundo. O apagão causou atrasos de voos e interrupções em serviços bancários e de comunicação. Entretanto, especialistas do setor de seguros estimam que as perdas podem chegar a bilhões de dólares. Atualmente, as empresas estão buscando compensação por meio de seguros cibernéticos.
Kelly Butler, chefe da Marsh no Reino Unido, mencionou que cerca de 100 clientes da corretora de seguros já acionaram seus seguros devido às perdas causadas pelo incidente com a CrowdStrike. No entanto, alguns executivos de seguros acreditam que é cedo para determinar o impacto total dos sinistros.
