Publicidade

Empresas brasileiras registram recorde de dividendos em 2024

Petrobras e Itaú lideram pagamentos do primeiro trimestre

recorde-dividendos-anna-nekrashevich
Empresas brasileiras registram recorde de dividendos em 2024/(Foto: Anna Nekrashevich/Pexels)
recorde-dividendos-anna-nekrashevich
Empresas brasileiras registram recorde de dividendos em 2024/(Foto: Anna Nekrashevich/Pexels)

No primeiro trimestre de 2024, as empresas listadas na B3 alcançaram um marco histórico ao distribuir R$ 76,68 bilhões em um recorde de dividendos, um aumento de 49% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento expressivo reflete a robustez das empresas e a confiança dos investidores no mercado brasileiro. Entre os papéis mais rentáveis, o Itaú Unibanco (ITUB4; ITUB3) pagará R$ 0,015 por ação em 1 de agosto para aqueles que adquiriram as ações até 28 de julho. Enquanto isso o Bradesco (BBDC3; BBDC4) deposita R$ 0,019 e R$ 0,017 por ação preferencial e ordinária, respectivamente em retorno a quem fez a aquisição das ações até 03 de julho.

Itaú e Petrobras: os gigantes dos dividendos 

O Itaú Unibanco (ITUB4;ITUB3) surpreendeu ao distribuir R$ 16,62 bilhões em dividendos, um aumento de 204% em relação aos R$ 5,47 bilhões pagos no primeiro trimestre de 2023. Este crescimento significativo quase igualou os pagamentos da Petrobras (PETR4), que se mantém como a maior pagadora de dividendos do Brasil, com R$ 17,89 bilhões distribuídos, um aumento de 28% em relação ao ano anterior. 

Impacto na Itaúsa 

A repercussão do alto volume de dividendos do Itaú também beneficiou a Itaúsa (ITSA4), holding de investimentos com forte participação no banco. A Itaúsa distribuiu R$ 6,47 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 235% em comparação aos R$ 1,93 bilhões do mesmo período em 2023. 

Ranking dos Maiores Pagadores 

Segundo dados da plataforma Meu Dividendo, oito empresas foram responsáveis por 84% do volume total de dividendos distribuídos entre janeiro e março de 2024. Além de Petrobras e Itaú, destacam-se a Vale (VALE3), com R$ 12,43 bilhões, e o Banco do Brasil (BBAS3), com R$ 3,61 bilhões 

Leia também: Petrobras e Prio participam de leilão do pré-sal nesta quarta (31)

Dividendos X Juros sobre Capital Próprio (JCP) 

No primeiro trimestre de 2024, cerca de 61% dos proventos pagos aos acionistas foram na forma de dividendos, enquanto 39% foram distribuídos como Juros sobre Capital Próprio (JCP). Esta proporção reflete mudanças nas regras do JCP, que agora proíbem a distribuição de proventos referentes a exercícios anteriores. Segundo Wendell Finotti, CEO da plataforma Meu Dividendo, a queda na proporção de JCP pode ser temporária, com expectativa de aumento ao longo do ano. 

Perspectivas para 2024 

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 promete intensificar ainda mais a distribuição de dividendos e JCP. Empresas como a Caixa Seguridade (CXSE3), Itaú Unibanco, Bradesco (BBDC3; BBDC4), e Petrobras têm anúncios programados para agosto, indicando um ano promissor para os investidores.