As enchentes de maio no Rio Grande do Sul, além de causar centenas de mortes e deixar milhares de desabrigados, geraram o maior sinistro climático da história do Brasil. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), os pedidos de indenização alcançaram R$ 5,6 bilhões, um aumento de R$ 1,71 bilhão em comparação com o valor divulgado em 19 de junho, que era de R$ 3,885 bilhões.
O volume total de pedidos de indenização de seguros relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul cresceu mais de 43% entre junho e julho. Este é o terceiro levantamento do tipo realizado pela CNseg desde o início da tragédia climática.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, destacou que, apesar do crescimento dos pedidos de indenização, os números indicam uma desaceleração nas solicitações.
“Os pedidos seguem em alta, mas houve desaceleração no crescimento. Para os próximos meses, é possível que tenhamos crescimento apenas nos pedidos de grandes riscos, já que requerem processos de avaliação de perdas mais demorados, que envolvem vistorias minuciosas”, afirmou Oliveira.
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Pedidos para automóveis e agrícola reduz
Em julho, houve uma leve redução nos dados referentes às solicitações de pagamento de seguros do tipo automóvel e agrícola em relação aos números anunciados em junho. Essa redução resulta de ajustes nos dados repassados pelas seguradoras, já que o levantamento é referente aos avisos de sinistros e não aos pagamentos efetivados. Desde o início de maio, as seguradoras registraram 57.045 avisos de sinistro.
Já as solicitações de indenizações definidas como “outras” (incluindo seguros empresarial, transporte, riscos diversos e riscos de engenharia) registraram o maior crescimento. Com um aumento de 65,3%, foram 7.133 pedidos de indenizações, totalizando R$ 817,9 milhões.
Grandes riscos em destaque
Em termos absolutos, o segmento de grandes riscos foi o que mais aumentou. Com quase R$ 1,5 bilhão a mais de um mês para outro, alcançando pagamentos superiores a R$ 2,8 bilhões. Este segmento já registrou 821 sinistros avisados, tornando-se o que apresenta o maior volume de indenizações até o momento.
