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União Europeia não reconhece vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela

Josep Borrell exige verificação independente dos resultados

Bandeira União Europeia - Europa - CAC - Bolsa de Londres - Bolsas da Europa - Venezuela
Bandeira da União Europeia - (Imagem: Unsplash)
Bandeira União Europeia - Europa - CAC - Bolsa de Londres - Bolsas da Europa - Venezuela
Bandeira da União Europeia - (Imagem: Unsplash)

Os resultados das eleições presidenciais na Venezuela, que proclamaram Nicolás Maduro como vencedor, ainda não foram reconhecidos pela União Europeia (UE). O alto representante do Conselho Europeu, Josep Borrell, declarou neste domingo (4) que o reconhecimento dependerá da publicação dos registros oficiais de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa das atas oficiais da votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados publicados oficialmente”, afirmou Josep Borrell. A União Europeia pediu ainda uma “verificação independente dos atos eleitorais” conduzida por uma entidade internacional de renome.

Relatórios de missões internacionais de observação eleitoral destacaram que as eleições na Venezuela não cumpriram os “padrões internacionais de integridade eleitoral”, conforme apontou a UE. Documentos divulgados pela oposição venezuelana sugerem que Edmundo González, líder da oposição, teria obtido a maioria dos votos.

 

Governo da Venezuela

O chanceler venezuelano, Yvan Gil, respondeu à declaração da UE com críticas, pedindo a Josep Borrell que “tire os narizes da Venezuela”. Além disso, ele pediu respeito a soberania do país, segundo uma publicação no X.

A oposição venezuelana, junto com diversos líderes latino-americanos, recusou-se a aceitar a vitória de Maduro, anunciada pela autoridade eleitoral nacional, amplamente vista como alinhada ao presidente. Contudo, desde o anúncio, protestos tomaram conta do país, resultando na detenção de mais de 2 mil pessoas.

Direitos humanos e liberdade de expressão

A União Europeia expressou sérias preocupações com as detenções arbitrárias e o assédio à oposição na Venezuela. Sendo assim, a declaração de Josep Borrell sublinhou a necessidade de as autoridades venezuelanas respeitarem os direitos humanos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão.

“A União Europeia pede às autoridades venezuelanas que ponham fim às detenções arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra os integrantes da oposição e da sociedade civil, e que libertem todos os presos políticos”, destacou o comunicado.