O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Brasil registrou um aumento significativo em julho, alcançando 81,6 pontos, o maior valor desde setembro de 2022. Esta elevação representa um avanço de 2,2 pontos em relação ao mês anterior e marca a segunda alta consecutiva do indicador, que havia subido 0,5 ponto em junho. O crescimento acumulado desde novembro de 2023 é de 6,6 pontos.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta do IAEmp em julho confirma a trajetória positiva que se iniciou no final do ano passado. Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, destacou que o resultado de julho reflete uma recuperação na confiança dos setores cíclicos da economia. “Mesmo com algumas oscilações, a retomada recente é um sinal de que o mercado de trabalho está se fortalecendo“, afirmou Tobler.
Análise dos componentes do IAEmp
Os componentes do IAEmp mostram que a alta em julho foi impulsionada por avanços em seis dos sete componentes do indicador. O principal destaque foi o indicador de Situação Atual dos Negócios no setor de serviços, que subiu 0,6 ponto. No entanto, o indicador de Tendência dos Negócios no setor de serviços foi o único a não registrar alta no mês, mantendo-se estável.
Apesar dos dados positivos, Tobler alertou que, para os próximos meses, é esperado um ritmo de crescimento mais moderado no mercado de trabalho. Isso se deve a incertezas econômicas, incluindo a pausa na redução de juros e a elevada volatilidade no cenário macroeconômico. Em sua última reunião de política monetária, o Banco Central optou por manter a Selic em 10,50% ao ano pelo segundo encontro consecutivo, refletindo a cautela em relação ao ambiente econômico.
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Contexto econômico e política monetária
A decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% ilustra a estratégia de contenção em um período de incerteza econômica. A estabilidade da taxa reflete a necessidade de balancear o crescimento econômico com a inflação, enquanto o mercado de trabalho mostra sinais de recuperação, conforme indicado pelo aumento do IAEmp.