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Governo de SP responde à crise hídrica em Arthur Nogueira

Crise hídrica em São Paulo: medidas emergenciais e desafios

Sistema Cantareira, um dos pontos que mais sofreu com a crise hídrica em São Paulo. (Foto: Divulgação)
Sistema Cantareira, um dos pontos que mais sofreu com a crise hídrica em São Paulo. (Foto: Divulgação)
Sistema Cantareira, um dos pontos que mais sofreu com a crise hídrica em São Paulo. (Foto: Divulgação)
Sistema Cantareira, um dos pontos que mais sofreu com a crise hídrica em São Paulo. (Foto: Divulgação)
Ontem (5), o governo de São Paulo decretou situação de emergência em Artur Nogueira devido à grave crise hídrica que assola a cidade. O decreto, publicado no Diário Oficial, tem validade de 180 dias e permite que órgãos e entidades da administração pública estadual ofereçam apoio à população afetada, coordenados pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Arthur Nogueira está situada no interior paulista, na microrregião de Campinas, a aproximadamente 140 km da capital do estado, São Paulo. A cidade é conhecida por sua economia diversificada, com destaque para a agricultura e o setor de serviços, e enfrenta desafios relacionados à gestão de recursos hídricos, especialmente em períodos de estiagem severa.
Para enfrentar a estiagem, o governo paulista implementou várias ações emergenciais. Uma das primeiras medidas foi o desassoreamento do Córrego Cotrins, essencial para melhorar a captação de água. Além disso, está sendo estudada a instalação de uma adutora provisória que transportará água do Córrego Boa Vista, conhecido como Poquinha, para uma das Estações de Tratamento de Água (ETA) de Artur Nogueira, com o objetivo de dobrar o volume de água tratada. Outra iniciativa crucial é o envio de água potável e cestas básicas aos moradores mais afetados pela crise​.

Contexto da crise hídrica

A crise hídrica em Artur Nogueira foi oficialmente reconhecida em 28 de junho, quando o município decretou estado de emergência devido à escassez de água e à severa falta de chuvas. Este cenário levou à implementação de um plano de contingência em quatro etapas, ativado conforme o nível da represa local diminuía​.

Ações específicas

O Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean) classificou a atual crise hídrica como mais severa que a de 2014, destacando a redução no nível do reservatório Cotrins, que abastece a cidade. Para mitigar os efeitos, a Saean alugou uma ETA temporária e está utilizando caminhões-pipa para garantir o abastecimento das áreas mais altas. Todas as medidas disponíveis foram acionadas, incluindo a ativação de poços e a limpeza do leito do Cotrins​.

Antecedentes e comparações

Em 2014, São Paulo enfrentou uma crise hídrica sem precedentes, que forçou a população a adotar medidas de economia de água e a acompanhar de perto os níveis dos reservatórios, especialmente o Sistema Cantareira, que chegou a utilizar o volume morto. A crise atual em Artur Nogueira, embora mais localizada, apresenta desafios semelhantes, exigindo uma coordenação eficaz entre governo e população​.

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Medidas adicionais e colaborações

Recentemente, a Força Aérea Brasileira doou 300 paletes de água, distribuídos a escolas e centros de saúde para evitar desabastecimento. Além disso, o envio de 25 mil litros de água pelo governo estadual reforça os esforços para garantir o abastecimento contínuo durante a emergência​.

O papel do Sistema Cantareira

O Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento para a região metropolitana de São Paulo, foi um dos mais afetados pela crise de 2014. Atualmente, a situação em Artur Nogueira destaca a importância de uma gestão eficiente dos recursos hídricos, aprendendo com os desafios do passado para evitar a repetição de crises severas.