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Alta do PIB do Brasil não garante consolidação fiscal, diz Moody’s

Crescimento econômico precisa de ajustes fiscais, afirma Moody’s.

Bandeira do Brasil - PIB do Brasil - PMI - Maiores economias do mundo - Brasil - Taxa de juros - Moody's - Brasil - Economia
(Imagem: Marcello Sokal/Pexels)
Bandeira do Brasil - PIB do Brasil - PMI - Maiores economias do mundo - Brasil - Taxa de juros - Moody's - Brasil - Economia
(Imagem: Marcello Sokal/Pexels)

Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s Ratings, afirmou nesta quarta-feira (7) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil não será suficiente para assegurar a consolidação fiscal do país. Ela destacou a necessidade de medidas por parte do governo para controlar os gastos públicos.

“Mesmo que o PIB cresça entre 2% e 2,5%, isso facilitará a consolidação fiscal, mas não será o suficiente por si só”, disse em entrevista a jornalistas durante um evento da Moody’s em São Paulo.

A vice-presidente da Moody’s enfatizou que, além do crescimento econômico, é fundamental que o governo brasileiro adote medidas fiscais, especialmente no que diz respeito ao controle das despesas. Ela projetou que, em 2025, o governo precisará implementar novas medidas para garantir a sustentabilidade fiscal.

Rating de Crédito do Brasil

Em maio deste ano, a Moody’s manteve o rating de crédito do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva do país de “estável” para “positiva”. Isso ainda coloca o Brasil na categoria de grau especulativo, indicando um risco maior para investidores.

Quando questionada sobre futuras atualizações no rating do Brasil, Samar Maziad afirmou que não há um cronograma específico, mas geralmente os anúncios são feitos anualmente. Ela reforçou a necessidade de um desempenho fiscal, destacando a importância de alcançar a meta fiscal e melhorar a composição dos gastos públicos.

Samar Maziad minimizou os possíveis impactos da volatilidade global no rating soberano do Brasil. Ela afirmou que a volatilidade global pode afetar as corporações, mas não deve alterar o rating soberano.

Ela também comentou sobre a transição no comando do Banco Central do Brasil em 2025, após a saída de Roberto Campos Neto. A vice-presidente afirmou que a Moody’s acredita que o Banco Central continuará perseguindo a meta de inflação, apesar da mudança de liderança.

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