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SideWalk pede recuperação judicial para quitar dívida de R$ 25 milhões

TJSP concede tutela de urgência para o Grupo SideWalk

SideWalk
(Imagem: reprodução/Shopping Ibirapuera)
SideWalk
(Imagem: reprodução/Shopping Ibirapuera)

O Grupo SideWalk, conhecido por seus produtos em couro, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A dívida da empresa foi estimada em R$ 25,57 milhões. O movimento visa evitar a falência e permitir a reorganização das finanças do grupo.

Nesta terça-feira (6), o TJSP concedeu a tutela de urgência solicitada pela SideWalk, suspendendo temporariamente as ações e execuções contra a empresa. Esta decisão permite a continuidade dos serviços essenciais das empresas do grupo, como a Canroo Comércio de Artefatos de Couro e a Multi-Side Comércio de Artefatos de Couro.

Os principais credores do grupo incluem bancos como Santander, Bradesco, Daycoval e Sofisa. A decisão judicial protege os bens da SideWalk de penhora, arresto e outras medidas judiciais. Sendo assim, garante que a empresa possa continuar operando durante o processo de recuperação.

Além disso, a decisão judicial determina que as empresas fornecedoras de serviços essenciais devem manter seus serviços, mesmo diante da inadimplência relacionada à recuperação judicial. A medida é importante para que a SideWalk mantenha as operações durante a reestruturação.

A recuperação judicial

De acordo com a defesa do grupo, a SideWalk vinha apresentando um crescimento constante e expandindo suas lojas em todo o Brasil ao longo de seus 42 anos de história. No entanto, a pandemia de Covid-19 teve um impacto severo nas operações, interrompendo atividades e reduzindo drasticamente as vendas.

Em 2021, durante a pandemia, os proprietários dos imóveis comerciais mantiveram os aluguéis em níveis altos, o que contribuiu para a crise financeira da empresa. A combinação de aumentos de impostos, juros elevados e o aumento dos custos de mercadorias, como a borracha e o algodão, que subiram 30%, agravou ainda mais a situação.

 

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Outro fator mencionado foi o aumento das temperaturas médias, mesmo durante os meses de inverno. As vendas da SideWalk dependem de temperaturas mais frias, e o clima mais quente resultou em uma queda de 15% nas vendas nos últimos 10 meses.

Operações

Apesar dos desafios, o grupo SideWalk continua operarando normalmente em suas lojas próprias, no Centro de Distribuição e na Central Administrativa. O pedido de recuperação judicial não inclui as 20 franquias espalhadas pelo Brasil, portanto, elas não são afetadas por este processo.

A SideWalk vê o pedido de recuperação judicial como uma medida essencial para reestruturar suas dívidas e recuperar sua saúde financeira. A empresa espera que, com a suspensão temporária das execuções e a reorganização de suas obrigações, possa retornar à estabilidade e continuar suas operações de forma sustentável.

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