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IPCA de julho registra alta de 0,38%

Inflação de julho reflete aumento nos preços da gasolina e energia elétrica

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IPCA registra alta de 0,38% em julho/(Foto: Skitter Photo/Pexels)
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IPCA registra alta de 0,38% em julho/(Foto: Skitter Photo/Pexels)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com uma alta de 0,38%, em comparação ao aumento de 0,21% registrado em junho. Esta elevação representa a maior variação para o mês desde 2021, quando o IPCA atingiu 0,96%. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 4,50%, enquanto no ano, o índice está em 2,87%, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 9. 

Pressão inflacionária nos transportes  

A maior contribuição para a inflação de julho veio do grupo de transportes, que subiu 1,82%, impactando o IPCA em 0,37 ponto percentual (p.p.). Dentro deste grupo, a gasolina teve um aumento de 3,15%, gerando um impacto individual de 0,16 p.p. Esse ajuste foi influenciado pelo reajuste de 7,12% anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho.  

Outro fator relevante foi a alta de 19,39% nas passagens aéreas, que contribuiu com 0,11 p.p. para o IPCA. Segundo André Almeida, gerente do IPCA, o aumento nos preços das passagens se deve às férias escolares de julho, que geralmente resultam em maior demanda e, consequentemente, preços mais elevados. 

Impacto da energia elétrica 

O grupo habitação também exerceu pressão sobre a inflação, com uma alta de 0,77%. Dentro deste grupo, a tarifa de energia elétrica residencial teve um aumento de 1,93%, representando um impacto de 0,08 p.p. Este aumento foi resultado da implementação da bandeira tarifária amarela, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, a volta da bandeira verde deve aliviar a pressão inflacionária. 

Alimentos: alívio na inflação  

Em contraste, o grupo de alimentos e bebidas apresentou uma queda de 1% em julho, oferecendo um alívio significativo para a inflação, com impacto negativo de -0,12 p.p. O item alimentação no domicílio registrou uma queda de preços de -1,51%, a maior desde agosto de 2017. A principal razão para essa queda foi a maior oferta de alimentos, como tubérculos, raízes e legumes, que levou a reduções significativas em itens como tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%), e cebola (-8,97%). 

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Difusão dos preços e projeções 

O índice de difusão, que mede a proporção de produtos com aumento de preços, caiu para 47%, o menor nível desde setembro de 2023. A queda foi particularmente notável entre os itens alimentícios, onde o índice de difusão caiu de 49% para 39% entre junho e julho.  

André Almeida explica que, apesar da menor dispersão dos aumentos de preços, os impactos mais pesados ocorreram em produtos com grande peso na cesta de consumo, como gasolina e energia elétrica.