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Bancos solicitam arquivamento de ação criminal contra ex-diretores da Americanas

Bradesco, Itaú, Safra e Santander pedem fim de processo após acordos com a Americanas

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Bancos pedem anulação de ação criminal envolvendo Americanas /(Foto: divulgação/Americanas).
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Bancos pedem anulação de ação criminal envolvendo Americanas /(Foto: divulgação/Americanas).

Os bancos Bradesco, Itaú, Safra e Santander, solicitaram recentemente à Justiça o arquivamento da ação criminal que envolve ex-diretores da Americanas. Este pedido surge após a celebração de acordos entre as instituições financeiras e a própria Americanas, visando a resolução das questões relacionadas às “inconsistências contábeis” que foram identificadas. 

A ação foi iniciada com o objetivo de investigar e responsabilizar tanto pessoas físicas quanto jurídicas pelas irregularidades contábeis detectadas na empresa. Os bancos alegam que o arquivamento do processo é um passo necessário para assegurar que a resolução do caso ocorra de maneira mais eficiente e menos conflituosa

O pedido de arquivamento do processo também reflete um movimento estratégico para evitar maiores complicações legais e financeiras. Ao resolver as questões por meio de acordos, os bancos e a Americanas buscam uma solução que minimiza os impactos adversos sobre suas operações e reputação da marca. 

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Implicações dos acordos 

A assinatura dos acordos entre os bancos e a Americanas representa um esforço para remediar as inconsistências contábeis que levaram à ação criminal. Estes acordos podem envolver compromissos financeiros e operacionais que visam assegurar a transparência e a conformidade com as normas contábeis e regulatórias. 

Além disso, o arquivamento da ação criminal pode ter implicações importantes para a forma como futuros casos semelhantes são tratados. 

O caso Americanas

Desde 2023, a Americanas enfrenta uma crise ao se deparar com o que viria a ser um dos maiores escândalos do mercado brasileiro. As ações recentes buscam pela estabilização da marca após declaração de dívida de R$25 bilhões. A Americanas realiza acusações diretas de fraude envolvendo Miguel Gutierrez, ex-CEO da empresa, e Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora, devido a identificação de rombos na contabilidade. 

Segundo a investigação da PF, a ex-diretora era responsável por alterar os resultados financeiros da empresa, abatendo artificialmente das contas as dívidas com fornecedores. Além disso, também foram localizadas inconsistências nas Verbas de Propaganda Cooperada (VPCs), onde foram incluídos na contabilidade empresas que nunca existiram ou com valores inflacionados. Entre os crimes identificados estão manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os executivos apontados na investigação podem enfrentar uma pena de 26 anos em caso de condenação. 

No final de junho (27), a Polícia Federal (PF) cumpriu 14 mandados de busca e apreensão contra ex-executivos e determinou a prisão preventiva de Miguel e Anna Christina, após fuga para o exterior. A ex-diretora da instituição retornou ao Brasil no final de junho.