Os preços do café sofreram um aumento significativo, após relatos de geadas no Brasil durante o fim de semana. As geadas levantaram preocupações sobre a oferta, e o mercado está atento a possíveis novas ocorrências nos próximos dias. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o contrato do café arábica para setembro estava cotado a US$ 2,44 por libra-peso, uma alta de mais de 4%.
Impacto das geadas no cerrado
A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer) relatou geadas pontuais na região do Cerrado, em Minas Gerais. A cooperativa iniciou um levantamento para avaliar os danos. Segundo a Expocaccer, a atenção está voltada para a possibilidade de mais geadas nas próximas noites, com o frio esperado para intensificar.
O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima, confirmou a ocorrência de geadas, mas destacou que foram localizadas e menos severas do que as de 2021. A empresa de meteorologia Nottus observou que as geadas foram limitadas a áreas específicas e não atingiram temperaturas suficientemente baixas para causar grandes danos às lavouras.
Previsões e impactos
A colheita da safra 2024 está quase concluída, o que minimiza as perdas para este ano. No entanto a colheita do próximo ano pode ser afetada se as geadas persistirem.
Os preços do café robusta também aumentaram, com uma alta de mais de 5%, alcançando US$ 4.560 por tonelada. Esse movimento é impulsionado pelo clima adverso no Vietnã, principal exportador de café robusta, e pelas preocupações com o impacto do El Niño na produção de café no Sudeste Asiático.
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Situação do mercado e outras commodities
O CPTEC, órgão meteorológico oficial do Brasil, havia previsto a possibilidade de geadas em alguns Estados durante o fim de semana. Novas geadas são esperadas nas primeiras horas de 13 de agosto, especialmente nos Estados do Sul e em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Além do café, as geadas podem impactar negativamente a produção de cana-de-açúcar em São Paulo e o trigo no Paraná. Apesar dos primeiros relatos de danos limitados às lavouras de trigo, ainda é cedo para avaliar a extensão dos prejuízos.
