Nesta segunda-feira, o Ibovespa registrou o quinto dia seguido de alta, fechando com uma valorização de 0,38%. O índice brasileiro atingiu 131.115,90 pontos, o maior nível desde fevereiro deste ano. As declarações dos membros do Banco Central e a cautela no mercado internacional, que aguarda novos dados econômicos dos Estados Unidos, moldaram o cenário.
O dólar à vista (USBRL) também se movimentou em resposta ao cenário econômico. A moeda fechou o dia com uma queda de 0,34%, sendo cotado a R$ 5,4962.
Banco Central do Brasil
No ambiente doméstico, a temporada de balanços corporativos dividiu as atenções com as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Ambos participaram de eventos que influenciaram o humor do mercado.
RobertoCampos Neto reafirmou o compromisso do Banco Central em adotar todas as medidas necessárias para trazer a inflação para a meta de 3%. Ele destacou que a persistência da alta inflacionária e as expectativas desancoradas são preocupações centrais para a autoridade monetária.
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Por outro lado, Gabriel Galípolo comentou que a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) não oferece um direcionamento específico para as próximas decisões. Contudo, ele ressaltou que o Banco Central continuará a monitorar os dados econômicos, com a possibilidade de elevações adicionais na taxa de juros.
Boletim Focus
Os investidores também analisaram o Boletim Focus, que manteve as projeções para o câmbio em R$ 5,30 e para a taxa Selic em 10,50% ao ano para o final de 2024. As expectativas para a inflação deste ano aumentaram. No entanto, as projeções para 2025 caíram pela primeira vez desde março, beneficiando as ações cíclicas no início do pregão.
Altas e baixas do Ibovespa
Entre os principais destaques do dia no Ibovespa, a Petrobras (PETR3;PETR4) se sobressaiu com forte alta. O aumento foi impulsionada pelo avanço de mais de 3% no preço do petróleo, que atingiu seu maior nível desde julho. As ações da estatal foram algumas das mais negociadas no pregão, contribuindo para a alta do índice.
O setor bancário também se destacou, com Bradesco (BBDC4; BBDC3) liderando os ganhos, ainda em reação positiva aos balanços trimestrais divulgados anteriormente.
Em contraste, as ações da Azul (AZUL4) lideraram as quedas, com uma desvalorização de quase 12%. A companhia aérea reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre, 31,3% maior que no ano anterior. Além disso, a companhia revisou para baixo suas projeções de desempenho, o que contribuiu para a forte queda das ações.
