No segundo trimestre de 2024, a Porto (PSSA3) registrou um lucro líquido de R$ 584 milhões, marcando uma redução de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul foi significativo, contribuindo para uma perda de R$ 87,2 milhões, além dos desafios associados à rolagem de títulos de renda fixa
Desempenho financeiro e receita
Apesar do declínio no lucro líquido, a Porto conseguiu um crescimento robusto na receita total, que aumentou 13,9% para R$ 9 bilhões. Este crescimento é atribuído à expansão da base de clientes, que alcançou 17,7 milhões até o final do segundo trimestre.
Os desempenhos positivos em todas as suas quatro verticais de negócios impulsionaram a receita. No setor de seguros, a receita cresceu 3,6%, alcançando R$ 5,2 bilhões. Este segmento viu aumentos significativos em prêmios, com seguros patrimoniais subindo 12,6% e seguros de vida crescendo 5,9%. A receita de auto seguros permaneceu estável, com uma leve alta de 0,7%.
Porto Saúde e Porto Bank mostraram crescimento notável, com receitas de R$ 1,6 bilhão (+50,2%) e R$ 1,4 bilhão (+23,5%), respectivamente. Porto Serviço, uma nova adição, gerou R$ 635,9 milhões em receita entre abril e junho.
Queda no resultado financeiro
O resultado financeiro da Porto caiu 48,3%, totalizando R$ 167 milhões. A rentabilidade das aplicações financeiras foi de 69,3% do CDI, afetada por investimentos em renda fixa indexada à inflação e pré-fixada, além de renda variável e multimercados. O retorno totalizou R$ 224,7 milhões.
O índice de eficiência operacional, que mede as despesas administrativas em relação à receita total, atingiu 11,7%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior.
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Impactos das enchentes no Rio Grande do Sul
As enchentes no Rio Grande do Sul elevaram o índice de sinistralidade da Porto para 52,5%, um aumento de 3,2 pontos percentuais. O índice combinado, que avalia a lucratividade na operação de seguros, terminou em 90,5%, indicando uma deterioração de 3,5 pontos percentuais. O índice combinado acima de 100% sugere que a operação está no prejuízo.
Celso Damadi, CFO da Porto, declarou que o efeito das enchentes deve ser limitado ao segundo trimestre e não deve impactar significativamente os resultados futuros. Segundo Damadi, “99,9% do efeito Rio Grande do Sul ficou no segundo trimestre. O impacto não foi muito diferente do que tínhamos calculado.”
