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Superávit da balança comercial brasileira registra queda em julho

Exportações registram alta, mas saldo do superávit é menor que no ano anterior

(Foto:Magda Ehlers/Pexels)
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(Foto:Magda Ehlers/Pexels)
(Foto:Magda Ehlers/Pexels)

Em julho de 2024, a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 7,6 bilhões, de acordo com os dados recentemente divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Embora positivo, o resultado representa uma queda em relação ao superávit de US$ 8,2 bilhões registrado no mesmo mês de 2023, refletindo uma leve desaceleração no ritmo de crescimento do saldo comercial.

Desempenho das Exportações e Importações

No último mês de julho, as exportações brasileiras atingiram um total de US$ 30,9 bilhões, impulsionadas principalmente por setores como a agropecuária, a indústria extrativa e a indústria de transformação. Produtos como soja, café, minério de ferro, açúcares, carne bovina e aço foram os principais responsáveis por esse crescimento, mostrando a força das commodities brasileiras no mercado internacional.

Por outro lado, as importações também mostraram um crescimento elevado, totalizando US$ 23,3 bilhões no mês. Esse aumento foi especialmente notável em setores como o de bens de capital, com destaque para máquinas e motores, bem como em produtos agropecuários, como trigo e soja. Esse comportamento levou a uma corrente comercial de aproximadamente US$ 54,2 bilhões em julho.

Análise do Acumulado Anual

De janeiro a julho de 2024, o superávit acumulado da balança comercial brasileira foi de US$ 49,5 bilhões, uma ligeira queda em comparação aos US$ 52,8 bilhões registrados no mesmo período de 2023. As exportações nesse período totalizaram US$ 198,2 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior, enquanto as importações somaram US$ 148,6 bilhões, com um crescimento de 5,6%.

Perspectivas e Impactos Regionais

Os principais destinos das exportações brasileiras em julho foram a União Europeia, China e Estados Unidos, com aumentos de 20%, 16,3% e 15,3%, respectivamente. No entanto, as vendas para a Argentina continuam em queda devido à crise econômica enfrentada pelo país, afetando negativamente o comércio bilateral. Esse cenário destaca a importância da diversificação de mercados para mitigar os impactos de crises regionais.

Herlon Brandão, Diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, apontou que, apesar da queda nos preços internacionais, o volume exportado tem sido o principal fator de crescimento em 2024. Ele destacou que a previsão é de um crescimento de 1,7% nas exportações até o final do ano, reforçando a resiliência do comércio exterior brasileiro em meio às oscilações do mercado global.