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Taesa anuncia desempenho operacional e distribuição de dividendos no 2T24

Taesa distribui R$ 223 milhões em dividendos

(Foto: Divulgação/Taesa Energia)
(Foto: Divulgação/Taesa Energia)
(Foto: Divulgação/Taesa Energia)
(Foto: Divulgação/Taesa Energia)

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) apresentou um desempenho financeiro no segundo trimestre de 2024 que destacou tanto o crescimento quanto os desafios enfrentados pela empresa. No período, a companhia registrou um lucro líquido IFRS consolidado de R$ 403,1 milhões, representando um expressivo aumento de 81,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em contraste, o lucro líquido regulatório atingiu R$ 294,0 milhões, uma alta mais modesta de 22,9%.

Detalhes do desempenho operacional da Taesa

Ao longo do primeiro semestre de 2024, a empresa acumulou um lucro líquido IFRS de R$ 777,8 milhões, um avanço de 28,6% na comparação anual. O lucro regulatório no mesmo período foi de R$ 483,5 milhões, refletindo um crescimento de 8,1%.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) pela norma IFRS alcançou R$ 520,0 milhões no trimestre, indicando um crescimento de 31,0% em relação ao ano anterior. No entanto, o Ebitda regulatório da empresa, que somou R$ 485,2 milhões, apresentou uma queda de 7,8%. A margem Ebitda regulatória também sofreu uma leve contração, caindo 0,6 ponto percentual para 83,7%.

Dados do primeiro semestre

No semestre, o Ebitda IFRS totalizou R$ 1,640 bilhão, um aumento de 19,6%. Já o Ebitda regulatório foi de R$ 962,0 milhões, registrando uma redução de 7,5%. Esses números destacam a resiliência da Taesa, embora também revelem pressões que a empresa enfrenta em seu desempenho operacional.

A receita líquida IFRS da Taesa de abril a junho de 2024 foi de R$ 911,1 milhões, um crescimento de 33,5%. Por outro lado, a receita regulatória no segundo trimestre do ano registrou uma baixa de 7,2%, totalizando R$ 579,7 milhões. No acumulado do primeiro semestre, a receita líquida IFRS foi de R$ 1,640 bilhão, enquanto a receita regulatória caiu 4,8%, totalizando R$ 1,155 bilhão.

Em relação às despesas financeiras líquidas, a empresa reportou R$ 202,9 milhões no segundo trimestre, uma redução de 17,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No semestre, as despesas financeiras totalizaram R$ 504,9 milhões, uma queda de 4,9%.

A dívida líquida consolidada da Taesa ao final de junho de 2024 era de R$ 9,124 bilhões, representando um aumento de 3,6% em relação ao primeiro trimestre do ano. Considerando a dívida líquida proporcional das empresas controladas em conjunto e coligadas, a alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ficou em 4,0 vezes, um aumento de 0,2 ponto percentual comparado ao trimestre anterior.

Distribuição de proventos

Em termos de remuneração aos acionistas, o conselho de administração da Taesa aprovou a distribuição de proventos no valor de R$ 223,278 milhões, divididos em dividendos intercalares e juros sobre capital próprio (JCP). Este montante é baseado no lucro distribuível apurado no primeiro semestre de 2024, resultando em R$ 0,21604135533 por ação ou R$ 0,64812406599 por Unit TAEE11.

O pagamento dos proventos está agendado para o dia 27 de novembro de 2024, com base na posição acionária de 15 de agosto de 2024. A partir do dia 16 de agosto, as ações e Units passarão a ser negociadas “ex-proventos” na B3.

Leia também: Taesa registra lucro de R$ 374 milhões no 1º trimestre

Análise do desempenho operacional

O desempenho operacional da Taesa no segundo trimestre de 2024 foi marcado por um cenário misto. Apesar do crescimento no lucro líquido IFRS, a companhia enfrentou desafios como a queda de 7,2% na receita líquida regulatória, atribuída principalmente ao reajuste negativo das linhas indexadas ao IGP-M e à redução da RAP da concessão ATE III.

Além disso, o Ebitda regulatório ajustado caiu 5,1%, totalizando R$ 486,6 milhões, refletindo as dificuldades enfrentadas pela empresa em manter sua rentabilidade operacional. O resultado de equivalência patrimonial, que atingiu R$ 97,6 milhões, também registrou uma queda de 5,6%, impactado pelos mesmos reajustes negativos do IGP-M.

Desafios futuros e perspectivas

A Taesa segue como uma empresa sólida em termos de geração de valor, mas enfrenta desafios à frente, especialmente no que diz respeito à alavancagem. A relação dívida líquida sobre Ebitda de 4,0 vezes é a mais alta entre seus pares, limitando a capacidade da empresa de adquirir novos projetos. Além disso, a deflação do IGP-M no ciclo RAP 2024/2025 também representa um desafio adicional.

Diante desse cenário, a Taesa optou por reduzir o montante de dividendos distribuídos, de 100% para 75% do lucro líquido regulatório, a fim de preservar caixa e enfrentar as pressões futuras.