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Dólar tem queda com dados de inflação dos EUA dentro do esperado

Dados de inflação dos EUA geram estabilidade nas moedas emergentes

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Dólar em alta impacta grandes empresas no 2T24 (Foto: Pixabay/Pexels).
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Dólar em alta impacta grandes empresas no 2T24 (Foto: Pixabay/Pexels).

O dólar registrou uma leve queda nesta quarta-feira (14), conforme investidores reagiram aos dados de inflação nos Estados Unidos. Esse cenário gerou pouca volatilidade nos mercados emergentes, incluindo o Brasil. 

Às 9h53, o dólar à vista apresentava uma queda de 0,18%, cotado a R$ 5,4391 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento estava em baixa de 0,13%, negociado a R$ 5,461 na venda. Na véspera, o dólar à vista havia fechado em queda de 0,90%, a R$ 5,4491, atingindo o menor valor de fechamento desde 16 de julho. 

Dados de Inflação dos EUA 

Os investidores ao redor do mundo estavam atentos aos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que foram divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% na base mensal de julho, após uma queda de 0,1% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, o índice alcançou uma alta de 2,9%, ligeiramente abaixo da projeção de 3% e mais próximo da meta de 2% do Federal Reserve (Fed). Em junho, o índice havia registrado uma alta de 3%. 

Esse resultado, apesar de não ter movimentado significativamente os mercados de câmbio, reforça a ideia de um arrefecimento da inflação nos EUA. A suavização dos dados de preços é um alívio para as autoridades do Fed, que estavam preocupadas com os dados fortes registrados no início do ano. 

Impacto nos mercados e expectativas do Fed  

Na terça-feira (13), os números mais moderados de preços ao produtor já haviam criado otimismo quanto à trajetória da inflação nos EUA. Isso levou a um aumento no apetite global por risco, resultando em ganhos nos mercados acionários e em divisas emergentes, incluindo o real. Após a divulgação dos dados desta quarta-feira, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed aumentou para 56%, em comparação com 48% antes da publicação do relatório. Esse cenário sugere uma desaceleração gradual da economia dos EUA e afasta os temores de uma recessão. 

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Estabilidade das moedas Emergentes  

A redução nas taxas de juros pelo Fed tende a desvalorizar o dólar frente a outras moedas, já que os rendimentos dos Treasuries se tornam menos atrativos. Atualmente, os Treasuries, que são referência para decisões de investimento, mostravam estabilidade.

Como resultado, o dólar se mantinha estável frente a outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o peso chileno e o peso colombiano. No cenário nacional, a percepção de que o Banco Central pode manter a Selic em 10,50% ao ano por um período mais prolongado, continua em foco. 

Curva de Juros e Índice do Dólar 

Na curva de juros, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava praticamente estável, em 10,725%, comparado ao ajuste de 10,726% da véspera. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,04%, a 102,570.