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Ibovespa atinge novo recorde anual e sobe pelo sétimo dia

Principal índice da B3 avança 0,69% e fecha aos 133.316,99 pontos

Ibovespa - B3 - Ações
Sede do Ibovespa (Imagem: divulgação/Ibovespa)
Ibovespa - B3 - Ações
Sede do Ibovespa (Imagem: divulgação/Ibovespa)

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a sessão desta quarta-feira (14) em alta de 0,69%, atingindo 133.316,99 pontos, o maior patamar de 2024 até o momento. Esse avanço marca o sétimo dia consecutivo de ganhos, aproximando o índice de sua máxima histórica. O otimismo no mercado brasileiro continua forte, sustentado por resultados corporativos e perspectivas positivas para a economia.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,36%, fechando a R$ 5,4693. A alta ocorreu em um contexto de volatilidade mundial e influência de fatores internos, como a divulgação de resultados de empresas e indicadores econômicos.

Resultados corporativos

Os balanços financeiros de grandes empresas listadas na bolsa foram os principais impulsionadores do Ibovespa no pregão de hoje. As empresas do setor de frigoríficos, como JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), juntamente com a locadora Localiza (RENT3), tiveram desempenhos expressivos, contribuindo para a alta do índice.

Enquanto isso, os dados do comércio varejista de junho, divulgados pelo IBGE, revelaram uma queda de 1,0% nas vendas em relação a maio, contrariando as expectativas do mercado, que previa um recuo menor. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 4,0%, abaixo do esperado, o que trouxe cautela para alguns setores.

Destaques de desempenho no Ibovespa

Entre os destaques do dia, a Infracommerce (IFCM3) apresentou uma forte desvalorização, com suas ações caindo quase 30%. A queda foi impulsionada pela divulgação de um prejuízo líquido de R$ 1,54 bilhão no segundo trimestre. Sendo assim, é maior do que o registrado no mesmo período de 2023. A empresa também anunciou negociações com credores para alongar e repactuar uma dívida de cerca de R$ 650 milhões, em uma tentativa de ajustar sua situação financeira.

 

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Por outro lado, Cemig (CMIG4) liderou os ganhos do índice, beneficiada pelo anúncio de um lucro líquido consolidado de R$ 1,6 bilhão, um aumento de 35,6% em relação ao ano anterior. A empresa também aprovou o pagamento de R$ 1,4 bilhão em dividendos adicionais, o que animou os investidores.

Azul (AZUL4) também teve um dia positivo. Assim, as ações da companhia subiram em resposta à queda nos preços do petróleo, que reduzem os custos operacionais da companhia aérea.

Pressão nas Blue Chips

Entre as ações mais negociadas, Vale (VALE3) continuou sua trajetória de queda, acumulando sua terceira sessão negativa consecutiva. A mineradora foi impactada pelo desempenho fraco do minério de ferro, o que levou suas ações ao menor preço desde maio de 2023. Em contraste, Petrobras (PETR4;PETR3) conseguiu se descolar da tendência de queda do petróleo e fechou em alta, refletindo a força de suas operações no mercado nacional.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) registrou leve queda, acompanhando o movimento de correção no setor. Contudo, o BTG Pactual (BPAC11) manteve-se estável, com os resultados do segundo trimestre alinhados às expectativas do mercado, sem grandes surpresas.