Publicidade

Copel termina PDV com 1.437 desligamentos: quais os próximos passos?

Entenda as alegações das empresas e dos críticos às demissões

Entenda PDV da Copel. (Foto: Divulgação).
Entenda PDV da Copel. (Foto: Divulgação).
Entenda PDV da Copel. (Foto: Divulgação).
Entenda PDV da Copel. (Foto: Divulgação).

A Copel, uma das principais empresas de energia do Brasil, concluiu recentemente seu Programa de Desligamento Voluntário (PDV), encerrando um capítulo em sua estratégia de reestruturação. Com a adesão de 1.437 funcionários, o programa representou uma redução no quadro de pessoal da empresa, que agora passa por um processo de adaptação e reorganização para manter a eficiência operacional e o compromisso com a qualidade dos serviços.

Copel conclui PDV: um desligamento de grande escala

O programa de demissão voluntária da Copel teve um impacto substancial no quadro de funcionários da empresa. Dos 1.437 colaboradores que aderiram ao PDV, 1.078 foram desligados em 14 de agosto de 2024. Outros 180 já haviam deixado a companhia até junho deste ano, e 179, cujas funções são consideradas de maior criticidade, permanecerão até o final de 2024 ou início de 2025. Essa ação resultou em uma redução de 53,5% no número total de funcionários da Copel, que antes contava com 5.584 colaboradores.

A empresa provisionou em 2023 o valor referente às indenizações, calculado em R$ 610 milhões, garantindo que o impacto financeiro fosse diluído ao longo do tempo. Nos próximos dias, a Copel enfrentará apenas o efeito caixa dos pagamentos, o que alivia as pressões imediatas sobre o fluxo de caixa da empresa.

Estratégias de adaptação

A Copel, reconhecendo a importância de manter a qualidade dos serviços apesar da redução de pessoal, implementou uma série de medidas para assegurar que a transição seja o mais suave possível. Entre as ações tomadas, destacam-se o mapeamento detalhado de processos e a automação de atividades, o que permitirá à empresa operar com maior eficiência mesmo com um quadro de funcionários reduzido.

Além disso, a Copel está investindo em mobilidade interna e promoções para preencher as lacunas deixadas pelos colaboradores que aderiram ao PDV. O foco em transferir conhecimento internamente é crucial para garantir que a empresa continue a operar em altos níveis de qualidade, minimizando o impacto da saída de funcionários experientes.

Impactos econômicos e perspectivas

Com a conclusão do PDV, a Copel projeta uma economia anual de R$ 428 milhões, resultado que deve começar a aparecer nos próximos trimestres. Essa economia é parte de uma estratégia mais ampla da empresa, que busca se tornar mais enxuta e eficiente, alinhando-se aos interesses de seus acionistas e ao novo cenário do mercado de energia no Brasil.

Contudo, a reestruturação e a redução de pessoal também levantam questões sobre o futuro da empresa, especialmente em relação à qualidade dos serviços prestados e ao impacto social da privatização. Críticos apontam que a busca por maior lucratividade pode comprometer o atendimento ao cliente e levar a aumentos nas tarifas de energia.

Leia também: Após privatização, Eletrobras anuncia 1º plano de demissão voluntária com custo de R$ 1 bilhão

Um futuro de desafios e oportunidades

A privatização da Copel, intensificada nos últimos anos, continua a ser um tema controverso. A venda de ativos como a Copel Telecom e a redução do controle estatal sobre a companhia são indicativos de uma mudança profunda na estratégia da empresa, que agora está mais voltada para o lucro e menos para o social.

O futuro da Copel dependerá da sua capacidade de equilibrar a busca por eficiência e lucratividade com a manutenção da qualidade dos serviços prestados. A empresa precisa se adaptar rapidamente às novas condições do mercado e encontrar maneiras de atender às expectativas de seus acionistas sem perder de vista seu papel fundamental no fornecimento de energia ao Paraná e a outras regiões do Brasil.